Mesmo antes da divulgação da “morte” do Orkut, pesquisadores da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, já “previam” que o Facebook também terá um fim e se depender das previsões deles, esse fim não tarda. O estudo, divulgado em janeiro, indica que até 2017 a rede social terá perdido 80% de seus usuários. No entanto, a história recente mostra que o gosto dos internautas por redes sociais dificilmente cairá. Prova disso é a atenção que uma nova iniciativa tem chamado.
Com interface simples, o site Ello, ainda em versão beta, é definido pela imprensa especializada como "anti-Facebook". Isso porque os criadores se comprometem a não vender anúncios, nem disponibilizar informações dos membros para publicidade – a principal forma de a criação de Mark Zuckerberg ganhar dinheiro. A nova rede social foi criada este ano nos Estados Unidos e já causa frisson.
A princípio, apenas convidados podem ter perfis na rede. A popularidade da bandeira contra o Facebook – e, talvez, também a própria proposta de exclusividade - tem feito com que os convites sejam disputados entre os internautas. Em sites de vendas, um convite pode sair por US$ 500, mesmo que a rede seja gratuita, com apenas alguns elementos pagos para a melhora do perfil.
Alguns perfis de usuários são abertos e disponíveis para a visualização. Por eles é possível perceber que a interface do Ello é minimalista – semelhante a do Tumblr - e permite a publicações de diversos tipos de postagens, como gifs, textos longos e fotos.
Apesar das diferenças, uma coexistência pacífica entre os dois pode não ser muito provável. O Ello mal chegou e já alfineta o Facebook com a publicação de um manifesto em sua página inicial. De acordo com os criadores, outras mídias sociais "registram cada movimento do internauta. Você é o produto que está sendo comprado e vendido", alerta. “Nós acreditamos que há uma maneira melhor”, contrapõem.
“Nós acreditamos que redes sociais podem ser ferramentas de empoderamento. Não ferramentas para enganar, coagir e manipular – mas um lugar para conectar, criar e celebrar a vida. Você não é um produto”, conclui o manifesto que pode ser compartilhado para várias outras redes, incluindo o colega Facebook.