Para aderir ao Orkuti não é preciso receber convite ou deixar scrap: basta preencher um cadastro simples, que inclui a opção de usar dados do Facebook. "Sabemos que algumas funcionalidades estão inacabadas, mas pedimos a compreensão pois o Orkuti não tem a estrutura que um Facebook tem", enfatiza o criador. Em cinco meses o site chegou a 118 mil inscritos, número que deve aumentar bastante com a redescoberta da rede social tupiniquim por usuários de Twitter. No começo desta semana, o trabalho de Alex voltou a ser comentado, tornando-se assunto de destaque nas timelines nacionais.
Formado em tecnologia de programação, ele dedicou-se por três meses à criação do Orkuti, desde que ficou sabendo da morte anunciada de seu site favorito. A homenagem, Becher explica, pretende manter "a essência nostálgica daquele ambiente onde as pessoas podiam, em sua simplicidade, interagirem".
O nome da rede substituta é uma homenagem à pronúncia dos usuários brasileiros, que no auge do Orkut chegaram a somar 70% dos 30 milhões de usuários; "Naquela época se fala aqui no Brasil 'Orkuti', dando ênfase ao 'i'", relembra o programador.
Na versão de Alex, fãs do Orkut podem desfrutar de todas as ferramentas peculiares da rede — depoimentos, comunidades —, somadas às inovações derivadas da expansão do Facebook. Estão lá como novidades, por exemplo, as hashtags e o modelo de perfil em linha do tempo, atrativos que levaram usuários da obra de Orkut Büyükkökten à migração em massa para o site de Mark Zuckerberg a partir de 2011. Opções de privacidade também foram melhoradas, com possibilidade de restringir a leitura de todas as postagens — o que põe fim ao divertido fenômeno de depoimentos publicados por acidente (não aceita!).