Jornal Estado de Minas

Conheça novas opções em plataformas digitais de streaming de música

Em tempos em que serviços de streaming de áudio conquistam cada vez mais usuários, surgem no mercado três soluções, cada uma com uma proposta diferente

Marcus Celestino
Exclusivo para iOS, já há planos de que o SoundShare chegue ao Android - Foto: DIVULGAÇÃO
Numa época em que os serviços de streaming de áudio arrebatam cada vez mais usuários, há que se esforçar para conquistar um espaço e perdurar no mercado. Por isso, inúmeras soluções são apresentadas ano após ano a fim de conquistar pessoas que busquem uma área diferente neste nicho em específico. Alguns brasileiros têm desenvolvido, e até mesmo adaptado de outrem, plataformas interessantes com o enfoque nas canções. Três dos mais bacanas detectados pela reportagem recentemente, se consistindo em excelentes ideias, são o SoundShare, o Punks S.A. e o Radialize, uma tríade na qual cada um apresenta propostas diferentes.

Não à toa algumas das grandes mentes da Apple ficaram extasiados com o SoundShare. “Eles ficaram muito surpresos, espantados, com a qualidade e também por eu ter feito tudo sozinho”, comenta o CEO da companhia, o mineiro Mateus Abras. Podemos equiparar o que o SoundShare faz pelas músicas com o que o Instagram faz pelas fotos. A ferramenta lhe mostra as músicas que seus amigos estão escutando e, caso elas estejam disponíveis no SoundCloud, você pode ouvi-las na íntegra – diferentemente, por breves 30 segundos.
O grande barato do app é que, ao ouvir uma canção no player de seu iPhone, ela é devidamente identificada e todos os que te “seguem” têm conhecimento do que você está apreciando no momento. Tal solução faz com que você amplie seus horizontes musicais.

Exclusivo para iOs, já há planos de para que o SoundShare chegue ao Android. “É de nosso interesse ir para o Android, mas isso envolve uma questão de custos e também meu perfeccionismo. Quero que ele esteja perfeito para o funcionamento nesse sistema operacional”, salienta o empreendedor, que chegou a pensar durante a faculdade em trabalhar na seara dos filmes de animação em três dimensões como os da Disney/Pixar. Com relação ao serviço, Abras enfatiza que seu produto não está no mesmo balaio de Spotify ou rádio, por exemplo. “Temos que ser comparados com uma rede social e não com um serviço de streaming de áudio”, ressalta. “Quero que o SoundShare seja uma plataforma parecida com o Facebook, que ele seja um centro musical.” Vale frisar que, por enquanto, para usufruir da rede tem de se receber um convite de um colega, assim como funcionavam o próprio Facebook e o finado Orkut eram em suas fases embrionárias.

O app Radialize já está disponível para Android e iOS e melhorias devem vir em futuras versões - Foto: DIVULGAÇÃOVocê está querendo curtir uma canção de sua banda favorita, mas já está enfastiado de ouvir alguma coisa do catálogo do grupo pela ducentésima vez. Por esse motivo, você deseja escutar uma música com estilo parecido com o do seu conjunto predileto, mas está com muita preguiça de buscar pela trilha ideal nos confins da internet. Bom, a premissa do Radialize é facilitar esse serviço. O usuário busca um artista no aplicativo e “recebe” uma gama de webradios que tocam especificamente canções da banda procurada e de outras similares a ela. “Fazemos algo como o Google. Não entregamos, mas disponibilizamos o conteúdo geral já presente na web”, comenta o professor Álvaro Pereira Junior, coordenador do projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ademais, de acordo com Pereira Junior, não há serviço desse tipo oferecido nem no Brasil, nem no exterior.

O Radialize já está disponível para Android e iOs e melhorias devem vir em futuras versões.
O design ainda é um tanto simplista e há uma dependência muito grande de uma boa conexão de internet, mas o projeto é muito promissor e vale a pena o download do aplicativo. “Queremos reinventar a maneira com que se ouve rádio”, ressalta o professor.

Importação
Arthur Abrami, Maurício Herszkowicz e Gil Viana decidiram trazer para o Brasil uma ferramenta já consagrada nos Estados Unidos. No esquema business to business, o Punks S.A. funciona como um buscador para que os clientes possam encontrar a canção perfeita para a sua peça publicitária, filme e até mesmo jogo de videogame. “Somos um elo entre os artistas e a indústria de entretenimento e propaganda”, afirma Arthur Abrami. Os artistas submetem suas músicas ao crivo da equipe de análise do site e, caso aprovados, entram no escopo dos clientes da Punks S.A. e, por conseguinte, da Jingle Punks, a “matriz” norte-americana. Isso lhes dá uma chance de, além de ganhar um bom dinheiro, serem alçados ao estrelato com mais facilidade. Aproximadamente 8 mil músicas chegam aos ouvidos da equipe do Jingle Punks mensalmente, das quais 20% são aprovadas. No Punks S.A.
320 canções são submetidas e a porcentagem de aproveitamento é a mesma da central estadunidense.

O MGMT, por exemplo, estava no Jingle Punks e acabou fechando com uma grande gravadora, posteriormente. Para conferir melhor o que a empresa oferece, basta acessar o endereço www.punkssa.com.

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