A primeira apresentação de Mark Zuckerberg em Barcelona havia sido apagada. Durante a Mobile World Congress (Congresso Mundial de Aparelhos Móveis) o fundador do Facebook havia ficado calado por praticamente 25, dos 45 minutos do debate sobre como levar internet às regiões mais remotas do planeta. Nesta quarta-feira, durante um evento próprio, Mark falou mais e despertou mais interesse do público.
O jovem de 30 anos foi entrevistado por pessoas da plateia durante 55 minutos, e respondeu a 17 perguntas. Algumas delas colocaram Zuckerberg em saia justa. Uma jovem perguntou por que não havia conexão wifi no auditório. Uma ironia que, enquanto uma das pessoas que mais propaga a expressão online falava, as pessoas não podiam se conectar com o mundo e repercutir o que se passava ali dentro. Mark não soube responder e disse rindo, desconcertado, "esse não é o meu prédio, se fosse, certamente todos estaríamos com wifi aqui".
Em outro momento, uma funcionária de uma empresa de 160 funcionários que presta serviços ao Facebook na Europa disse que a empresa terá suas atividades encerradas e as pessoas serão demitidas. Ela perguntou se havia alguma coisa que Mark pudesse fazer. Zuckerberg ganhou tempo ao dizer que, "por isso esses eventos são bons, porque respondemos às perguntas difíceis". E complementou: "Nós fazemos o melhor possível para oferecer nossos serviços às pessoas. Não é bom e não ficamos felizes quando alguém é demitido, mas no meio empresarial algumas vezes é preciso tomar decisões difíceis".
O último momento embaraçoso que o "senhor Facebook" passou foi na penúltima pergunta da noite. Uma fã disse que era um momento histórico para ela e pediu uma foto. Mark disse que era triste negar, mas que se fizesse isso com ele, outros pediriam e ele perderia seu vôo. Para tentar amenizar, disse que o vídeo da conversa estaria disponível na internet e que ela poderia guardar aquele momento.
Zuckerberg se manteve todo o tempo sorridente e tentou ser simpático. Respondeu também sobre qual o futuro do Facebook e que acredita que em cinco anos a rede social poderá promover uma experiência de realidade virtual entre os usuários, devido ao avanço que percebe na tecnologia.