O website de notícias tecnológicas Gizmodo relatou na segunda-feira que um ex-editor do gigante das redes sociais denunciou que artigos de fontes politicamente conservadoras - principalmente aqueles que tratavam de temas conservadores - eram omitidos deliberadamente da seção "trending news", que destaca as histórias mais populares.
"Cheguei ao meu turno e descobri que a CPAC (Conservative Political Action Conference), ou o (ex-candidato presidencial) Mitt Romney ou o (locutor de rádio) Glenn Beck, ou temas conservadores populares não seriam tendência porque o editor não reconheceu os tópicos ou porque tinha um viés contrário", indicou uma fonte anônima ao Gizmodo.
A acusação provocou um forte debate na mídia americana e na própria rede social, que conta com cerca de 1,6 bilhões de usuários no mundo todo. Mas o Facebook, sediado em Silicon Valley (Califórnia), um ator dominante no mundo das redes sociais, negou ter um viés anti-conservador.
A empresa ressaltou que a popularidade das notícias é determinada por um algoritmo, depois é auditada - nunca manipulada - por membros da equipe de revisão para confirmar que os temas são de fato tendências. "Há diretrizes rigorosas para que a equipe de revisão garanta consistência e neutralidade. Essas diretrizes não permitem a supressão de perspectivas políticas, nem a priorização de um ponto de vista sobre outro", disse Stocky.