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Estado de Minas

UFMG recebe comunidade científica para a Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência

Evento, realizado na noite deste domingo, na UFMG, vai acontecer até o dia 22, com o tema "Inovação - Diversidade - Transformações"


postado em 16/07/2017 20:18 / atualizado em 16/07/2017 21:29

Coral Ars Nova apresentou peças diversificadas aos convidados na abertura da reunião da SBPC(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)
Coral Ars Nova apresentou peças diversificadas aos convidados na abertura da reunião da SBPC (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A.Press)

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) reuniu na noite deste domingo relevantes nomes da comunidade científica do país na abertura da 69ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), maior evento do setor na América Latina, em solenidade no auditório nobre do Centro de Atividades Didática (CAD 1) no câmpus Pampulha, em Belo Horizonte.

Com o tema “Inovação – Diversidade – Transformações”, a reunião retorna à capital mineira depois de 20 anos, com uma programação prevista para encerrar em 22 de julho.

A presidente da SBPC, Helena Nader, criticou os cortes de verbas para a área de pesquisas nos últimos anos e pediu atenção para o setor. “O que a gente vê que está acontecendo, infelizmente, é que independente dos governos, de todos os partidos, educação e ciência não são prioridades de Estado”, lamentou.

Conforme mostrou o Estado de Minas na edição do sábado, o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) caiu 30% desde 2015 e, do que sobrou, 44% estão contingenciados pelo governo federal. Em 2015, o orçamento de custeio exclusivo para a área de ciência e tecnologia era de R$ 7,6 bilhões, além de R$ 1,2 bilhão para o Ministério das Comunicações, num total de R$ 8,8 bilhões. Este ano, o montante caiu para R$ 6,2 bilhões, sendo que esse recurso passou a ser dividido também com as Comunicações, com a unificação dos dois ministérios. Para piorar, o governo federal contingenciou 44% desse orçamento, ou seja, deixou disponível para o setor apenas R$ 3,4 bilhões – desse total, R$ 700 milhões são para comunicações.

O ministro substituto de Ciências e Tecnologia, Elton Santa Fé, preferiu falar da importância do evento. A interação com a comunidade científica, com os alunos da universidade é importante para que a gente mantenha a questão de ciência, tecnologia, inovação, como algo 'up to date', que realmente traga benefícios para a sociedade brasileira”.

Já o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mario Neto Borges, disse ser "de extrema importância estimular a divulgação científica e tornar a ciência mais próxima da sociedade".

Na programação do evento estão programadas mais de 240 atividades. A agenda científica inclui 69 conferências, um ciclo de conferências, 82 mesas-redondas, 16 sessões especiais e 57 minicursos. A programação também conta com cinco assembleias, duas reuniões de trabalho e seis encontros de sociedades científicas e entidades. As inscrições são necessárias somente para quem quiser frequentar minicurso ou certificado de participação geral e o material do evento. O evento é gratuito e aberto ao público, com expectativa de atrair 10 mil pessoas nesses sete dias.


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