É de Minas Gerais a missão de representar o Brasil pela primeira vez num dos eventos de tecnologia mais esperados por quem acompanha o que há de novo por aí. A participação inédita de uma equipe brasileira ocorre no Chile, na 13ª edição do Encontro Internacional Fab Lab, uma rede mundial de laboratórios criada pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma da mais renomadas universidades do planeta, com o objetivo de facilitar a prototipagem de ideias e visando à inovação e invenção. Cinco alunos do curso de engenharia de produção do Centro Universitário Newton Paiva embarcaram ontem para o país vizinho a fim de apresentar o protótipo de aparelho portátil de ressonância magnética que, dentro de alguns anos, poderá revolucionar uma parte da medicina.
O Renossonic plus – diagnóstico a um toque, protótipo de máquina de ressonância magnética portátil criado por alunos do oitavo período, será apresentado na categoria “inovação e tecnologia” no evento promovido pela Fab Foundation. O encontro vai até o dia 6 na capital chilena, Santiago. Nele, serão mostrados projetos de tecnologia e prototipação de todos os Fab Labs do mundo conectados ao MIT. Nascido e desenvolvido dentro do Fab Lab da Newton, o Renossonic Plus inverte a ordem atual e leva a máquina de ressonância magnética até o paciente, tornando a identificação de possíveis doenças musculares, em órgãos internos e até alguns tipos de câncer muito mais fácil, rápida e econômica.
Criado pelos alunos Gabriela Lorrani de Oliveira Marques, Jean Carlo Nascimento, Larissa Palhares Braga, Sabrina Moreira de Barros e Veranice Alves Costa, o Renossonic Plus é resultado de um ano de trabalho – tempo entre a ideia e a confecção do protótipo. O trabalho teve a coordenação do professor Geraldo Gustavo Xavier da Silva e orientação da equipe do Fab Lab da Newton, composta pela fab manager Carla Queiroga, o mentor técnico de marcenaria e usinagem Bricio Mares Salles, a mentora técnica de modelagem e impressão 3D Natalia Romagna Rodrigues e o mentor técnico de eletrônica e automação Marley Rosa Luciano.
“O grande lance é a redução do tamanho e facilidade do uso. Ele pode ser levado até o paciente em casa. No consultório, o médico pode fazer o exame ali mesmo, dispensando todo o procedimento que existe hoje. O que temos é um protótipo, que ainda precisa de estudos e aperfeiçoamento e para funcionar levará alguns anos”, explica a coordenadora da engenharia de produção da Newton, Juliana Guedes Arvelos Barbosa. Para ela, levar o Brasil pela primeira vez a um congresso tão importante já é uma vitória. “A ideia surgiu dentro do curso, com o professor em sala. Houve uma chamada para que qualquer pessoa do mundo se inscrevesse, independentemente de estar vinculada à instituição. Tentamos pela categoria inovação e fomos aceitos.”
FACILIDADE O professor e coordenador do trabalho, Geraldo Gustavo Xavier da Silva, afirma que não há modelo similar sendo comercializado no país. Segundo ele, além de caras, as atuais máquinas de ressonância ocupam muito espaço e levam cerca de 30 minutos para fazer um exame de membros inferiores, por exemplo. O equipamento criado em ambiente universitário prevê reduzir esse tempo para segundos. O professor explica que isso se deve basicamente à técnica de captação da frequência energética do corpo humano, que é considerada mais inteligente. Além disso, a máquina portátil possibilitará que o paciente faça o exame com mais conforto e sem permanecer deitado, ou numa cápsula fechada.
Mas o equipamento ainda deve demorar para se tornar realidade e povoar clínicas e consultórios médicos. A proposta é de que a revolução ocorra num prazo de 30 anos. Depois do Chile, o protótipo ficará à disposição de fabricantes que tenham interesse em avaliar e incluir suas próprias tecnologias e começar a produção industrial do equipamento.
Além do protótipo dos alunos da Newton Paiva, o Encontro Fab Lab terá projetos acadêmicos e particulares de laboratórios da China, Espanha, Estados Unidos, Japão e Nova Zelândia. Durante o evento, os participantes poderão conferir palestras e workshops com especialistas atuantes no mercado, conhecer os trabalhos feitos em outros Fab Labs, visitar estandes de fornecedores, apresentar artigos e acompanhar a premiação de projetos relevantes no cenário da fabricação digital.
“Isso provavelmente vai virar projeto de mestrado dos alunos envolvidos, que poderão passar a experiência para outros da instituição. É interessante o estudante ver que no Brasil também se consegue fazer coisa muito bacana. Vai despertar nos demais a vontade de pôr para fora a ideia que está guardada”, ressalta Juliana.
O Renossonic plus – diagnóstico a um toque, protótipo de máquina de ressonância magnética portátil criado por alunos do oitavo período, será apresentado na categoria “inovação e tecnologia” no evento promovido pela Fab Foundation. O encontro vai até o dia 6 na capital chilena, Santiago. Nele, serão mostrados projetos de tecnologia e prototipação de todos os Fab Labs do mundo conectados ao MIT. Nascido e desenvolvido dentro do Fab Lab da Newton, o Renossonic Plus inverte a ordem atual e leva a máquina de ressonância magnética até o paciente, tornando a identificação de possíveis doenças musculares, em órgãos internos e até alguns tipos de câncer muito mais fácil, rápida e econômica.
Criado pelos alunos Gabriela Lorrani de Oliveira Marques, Jean Carlo Nascimento, Larissa Palhares Braga, Sabrina Moreira de Barros e Veranice Alves Costa, o Renossonic Plus é resultado de um ano de trabalho – tempo entre a ideia e a confecção do protótipo. O trabalho teve a coordenação do professor Geraldo Gustavo Xavier da Silva e orientação da equipe do Fab Lab da Newton, composta pela fab manager Carla Queiroga, o mentor técnico de marcenaria e usinagem Bricio Mares Salles, a mentora técnica de modelagem e impressão 3D Natalia Romagna Rodrigues e o mentor técnico de eletrônica e automação Marley Rosa Luciano.
“O grande lance é a redução do tamanho e facilidade do uso. Ele pode ser levado até o paciente em casa. No consultório, o médico pode fazer o exame ali mesmo, dispensando todo o procedimento que existe hoje. O que temos é um protótipo, que ainda precisa de estudos e aperfeiçoamento e para funcionar levará alguns anos”, explica a coordenadora da engenharia de produção da Newton, Juliana Guedes Arvelos Barbosa. Para ela, levar o Brasil pela primeira vez a um congresso tão importante já é uma vitória. “A ideia surgiu dentro do curso, com o professor em sala. Houve uma chamada para que qualquer pessoa do mundo se inscrevesse, independentemente de estar vinculada à instituição. Tentamos pela categoria inovação e fomos aceitos.”
FACILIDADE O professor e coordenador do trabalho, Geraldo Gustavo Xavier da Silva, afirma que não há modelo similar sendo comercializado no país. Segundo ele, além de caras, as atuais máquinas de ressonância ocupam muito espaço e levam cerca de 30 minutos para fazer um exame de membros inferiores, por exemplo. O equipamento criado em ambiente universitário prevê reduzir esse tempo para segundos. O professor explica que isso se deve basicamente à técnica de captação da frequência energética do corpo humano, que é considerada mais inteligente. Além disso, a máquina portátil possibilitará que o paciente faça o exame com mais conforto e sem permanecer deitado, ou numa cápsula fechada.
Mas o equipamento ainda deve demorar para se tornar realidade e povoar clínicas e consultórios médicos. A proposta é de que a revolução ocorra num prazo de 30 anos. Depois do Chile, o protótipo ficará à disposição de fabricantes que tenham interesse em avaliar e incluir suas próprias tecnologias e começar a produção industrial do equipamento.
Além do protótipo dos alunos da Newton Paiva, o Encontro Fab Lab terá projetos acadêmicos e particulares de laboratórios da China, Espanha, Estados Unidos, Japão e Nova Zelândia. Durante o evento, os participantes poderão conferir palestras e workshops com especialistas atuantes no mercado, conhecer os trabalhos feitos em outros Fab Labs, visitar estandes de fornecedores, apresentar artigos e acompanhar a premiação de projetos relevantes no cenário da fabricação digital.
“Isso provavelmente vai virar projeto de mestrado dos alunos envolvidos, que poderão passar a experiência para outros da instituição. É interessante o estudante ver que no Brasil também se consegue fazer coisa muito bacana. Vai despertar nos demais a vontade de pôr para fora a ideia que está guardada”, ressalta Juliana.