Jornal Estado de Minas

Carregadores genéricos não são seguros, alertam médicos

- Foto: Anais de Medicina de Emergência/Divulgação

Embora mais baratos, carregadores genéricos são menos seguros que os de marca. O alerta é da Universidade Americana de Medicina de Emergência (ACEP, na sigla em inglês). Segundo texto publicado no site da instituição, grande parte desses aparelhos não passam nos principais testes de estabilidade e segurança, expondo o usuário a riscos de queimaduras e até incêndios.

A constatação é científica, afirma o aviso. Um estudo recente da Electrical Safety First - organização britânica voltada à redução de acidentes elétricos - avaliou 64 fontes genéricas fornecidas pela Apple. Trinta e sete falharam nos testes de isolamento elétrico. Uma investigação mais antiga da entidade - esta, realizada com 400 dispositivos genéricos para Iphone - chegou a reprovar 99% das amostras.

O comunicado da ACEP menciona ainda um estudo publicado em maio deste ano nos Anais de Medicina de Emergência.
Conduzido por pesquisadores da Universidade de Michigan, a pesquisa concluiu que crianças e adolescentes são particularmente vulneráveis a lesões e ferimentos decorrentes do uso de dispositivos eletrônicos, pois costumam deixar o smartphone sobre a cama durante a recarga, ou manter o carregador ligado à tomada sem que ele esteja plugado a algum equipamento.



A pesquisa cita um caso grave envolvendo uma moça de 19 anos, atendida em um serviço de emergência da cidade de Ann Arbor, Michigan. A jovem teve queimaduras de segundo grau em volta do pescoço, causadas pelo contato de seu carregador ligado, mantido embaixo do travesseiro enquanto ela dormia, com o colar de metal que ela usava no momento do acidente.

O alerta da Universidade Americana de Medicina de Emergência termina com algumas recomendações. Além dar preferência aos carregadores de marca, o ideal é nunca dormir em contato com aparelhos conectados à tomada e desplugar as fontes de energia quando elas não estiverem sendo utilizadas. 
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