Jornal Estado de Minas

humanoides

Isso é muito Black Mirror: robôs-humanoides já estão entre nós

 

 
A expressão “isso é muito Black Mirror” nunca foi tão real. Quem acompanha a série televisiva britânica sobre tecnologia – que se passa em um futuro distópico – deve se lembrar do primeiro episódio da segunda temporada. Em Be right back, uma mulher que acaba de perder o marido descobre um serviço que pode comprar um robô customizado que imita o comportamento do companheiro que se foi. Agora, qualquer pessoa poderá ter um robô com aparência mais humana.

A empresa russa Promobot, fabricante de robôs de serviços autônomos, lançou recentemente as vendas de robôs com aparência humana. O Android Robo-C pode ser tanto um robô companheiro como também ser um atendente integrável em vários processos de negócios que exigem atendimento das pessoas nos locais físicos.
 
 
 
Mantendo a conversa e respondendo às perguntas, o robô copia expressões faciais humanas: pode mover seus olhos, sobrancelhas, lábios e outros "músculos". A tecnologia desenvolvida pela Promobot, bem como seu próprio design patenteado, tem mais de 600 expressões faciais que permitem ao robô imitar os humanos.

A empresa acredita que um robô como esse é capaz de remover a barreira na interação homem-máquina e substituir funcionários em locais como atendente em feiras, recepcionistas em agências de correios, bancos e instituições municipais.

"Estamos abrindo um enorme mercado em serviços, educação e entretenimento. Imagine uma réplica de Michael Jordan vendendo uniformes de basquete ou William Shakespeare lendo seus próprios textos em um museu?”diz Aleksei Iuzhakov, presidente do Conselho de Administração da Promobot.

A empresa Promobot foi fundada em 2015 e fabrica robôs de serviço autônomo no Norte e Leste da Europa. Os chamados promobots “trabalham” em 35 países como administradores, promotores, consultores, guias e concierges. Eles podem ser encontrados no metrô de Moscou, no aeroporto de Baltimore, no Dubai Mall, nas lojas da IKEA e em outros locais movimentados.

No Brasil 

A Umbô, representante da Promobot no Brasil, pretende implementar em breve os robôs-humanoides aqui no país.
Vanessa de Lima Bezerra, diretora de marketing da empresa brasileira, aposta na ideia de unir eficiência de atendimento com experiência e emoção para fidelizar o cliente ao longo do seu contato com a marca numa loja ou num ponto físico. “Em operação há um ano, a startup realizou mais de 20 projetos variados na área de saúde, educação, varejo e eventos. Atualmente, estamos com dois modelos de robôs (não humanoides) no Rio Grande do Sul.  Lá, construímos um modelo linguístico baseado nas frases populares da região, como o famoso tchê gaúcho. Assim, geramos melhor interação como o público”, explica Vanessa.

Os clientes interessados podem alugar (por dia, mês ou ano) ou comprar um robô-humanoide. A empresa oferece assistência técnica e suporte operacional. 

.