Alguns aplicativos com a mesma proposta já atuam nos Estados Unidos, como o Workpop e o Shiftgig. O Uber Works permitirá que o usuário procure por empregos que não tenham vínculo empregatício. Para isso, a empresa americana firmou parcerias com companhias de recrutamento, que conectarão contratantes e candidatos.
A ideia da plataforma é oferecer a experiência de ponta a ponta. No cadastro, o usuário registra seu currículo, a disponibilidade de turnos para trabalho e pretensão salarial. Dentro do aplicativo, o trabalhador pode gerir as horas extras, informar que não poderá trabalhar em determinado dia e receber seus pagamentos.
Segundo a Uber, a ideia do aplicativo é que o trabalho não é uma atividade em si. A empresa aponta que funções como cozinheiro, trabalhadores de depósitos, faxineiros e staff de eventos têm características que usam prioritariamente o trabalho temporário, facilitando para contratantes e candidatos.
A empresa americana enfrenta crise em suas atividades tradicionais, de aplicativo de mobilidade urbana. O capital da companhia foi aberto em maio e, por várias vezes, o valor dos papeis da Uber nas bolsas de valores atingiu números próximos aos do lançamento, zerando os ganhos dos investidores.
Os problemas de regulação, que causaram inúmeras polêmicas com o aplicativo original, Uber, Uber Eats e Uber Pool, também podem ser um problema para o Uber Works. As legislações trabalhistas variam de acordo com o local de atuação, até mesmo dentro do mesmo país, prometendo grandes disputas jurídicas para a ampliação do novo serviço.
Lançado primeiramente em Chicago, o aplicativo tem a proposta de atingir a excelência na cidade, localizada no estado americano de Illinois. A empresa não fixou datas de lançamento para outras cidades dos Estados Unidos e nem em outros países.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa