Por causa da pandemia do novo coronavírus, milhares de pessoas do Brasil e do mundo deixaram de fazer atividades antes comuns, como se deslocar para o trabalho, fazer compras no supermercado, se reunir com familiares e amigos ou até mesmo passear com o animal de estimação para se adaptar às medidas de distanciamento.
Nos condomínios residenciais, o reflexo dessas mudanças pode ser visto de forma mais intensa. A pandemia trouxe novas regras de convivência, que vão desde a suspensão de atividades com aglomerações até aquelas que precisem de contato físico entre moradores e maiores cuidados com a saúde e higiene do ambiente.
Foi com a ajuda da tecnologia que essas comunidades encontraram alternativas para dar andamento ao cotidiano do condomínio, sem colocar em risco a vida e a saúde dos moradores. Pelo computador ou celular com acesso à internet, é possível utilizar de ferramentas para comunicação, assembleias online ou até mesmo plataformas específicas para as necessidades financeiras e administrativas.
Segundo Daniel Nahas, da Casa Administradora, um dos usuários de software para gestão de condomínios, a ferramenta foi positiva para aliar comodidade e segurança, e facilitou a comunicação com síndicos.
“A pandemia apenas acelerou as mudanças nos condomínios. De agora em diante, não há que se falar em uso de livro de portaria para registro de ocorrências, ou mesmo para protocolar encomendas. O mundo mudou, tudo se tornou digital. A comodidade é a palavra chave do momento, e sem a tecnologia, não será possível”, disse.
Assembleias virtuais
As participações em assembleias presenciais, por exemplo, se tornaram inviáveis com a necessidade de manter o isolamento social. Para manter o diálogo de ações e projetos essenciais de melhoria do condomínio, principalmente como forma de preservar a boa convivência entre moradores, a solução foi adotar as videoconferências para os encontros regulares do local.
Segundo a Group Software, empresa mineira que desenvolve sistemas para o setor, em 2020, houve um aumento de 3000% no uso de assembleias online por condomínios. Neste ano, o número mantém uma média de crescimento de 200% ao mês.
Os debates entre moradores podem ser feitos por meio de plataformas de reunião on-line gratuitas populares como Zoom Meetings e Google Meets ou em plataformas próprias para condomínios, como o software da Group, que já possuem até mesmo sistemas para votações.
Portarias virtuais
Outra tecnologia que cresceu durante a pandemia em condomínios foi o uso de sistemas de portarias virtuais. Mesmo que o ritmo de visitas tenha diminuído durante o período, o sistema favorece o distanciamento em casos de necessidade, principalmente para a entrega das encomendas de e-commerce, que cresceram de forma exponencial durante o isolamento.
Com o sistema instalado, condomínios podem fazer o monitoramento e controle de acesso de visitas remotamente, no escritório da empresa de portaria virtual contratada ou pelo profissional responsável.
De acordo com o Group Software, atualmente 90% das propostas solicitadas e aprovadas pelos seus clientes, são de novas tecnologias de biometria sem contato, com o maior interesse por reconhecimento facial para moradores e QR Code para visitantes.
Aplicativos para gerenciamento
Distribuição de boletos, comunicações e registros eletrônicos de manutenções e entregas. Muitas outras funcionalidades do cotidiano de um condomínio também tiveram que ser adaptadas.
Com apenas alguns cliques, aplicativos para smartphones oferecem aos condomínios uma vasta gama de opções de funcionalidades para gerenciamento das residências, como pasta de prestação de contas digital, envio automático de e-mails e notificação de comunicados via push, e-mail, whatsapp e SMS.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas