O Star One D2, novo satélite da Embratel, teve um lançamento bem-sucedido e já está em órbita, segundo anúncio da empresa. A estrutura vai garantir a oferta de uma nova capacidade de satélites no Brasil e na América Latina e começa sua operação comercial em outubro de 2021.
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Justiça da Áustria condena Facebook em caso de acesso a dadosPegasus: o que é o sistema que espionou jornalistas, ativistas e advogadosPor que o chefão do Google diz que a internet livre está sob ataqueO satélite está equipado com bandas C, Ku, Ka e X. A Banda Ku será utilizada especialmente para ampliar as capacidades direcionadas para o parque brasileiro de antenas parabólicas, demandas de TV por assinatura e de conectividade de empresas.
Já a Banda Ka será usada na ampliação da estrutura de telefonia celular (backhaul) e para aumentar a performance de aplicações de dados, vídeo e internet do mercado empresarial.
“Estamos muito felizes com o lançamento bem-sucedido do Star One D2, o maior satélite que já construímos e que irá reforçar ainda mais a nossa liderança de mercado, proporcionando mais recursos para as telecomunicações do Brasil e da América Latina”, afirma José Félix, presidente da Claro no Brasil, empresa da qual a Embratel faz parte.
“Reforçamos com o anúncio de hoje nosso compromisso com o país e com a região”, diz Félix.
O Star One D2 complementa a frota da empresa composta por cinco satélites em órbita geoestacionária (Star One D1, C1, C2, C3 e C4). Ele tem potência de 19,3 KW, pesa 7 toneladas e ocupa a posição orbital de 70° W (graus de longitude oeste).
Além disso, está equipado com 28 transponders (receptores e transmissores de sinais) em banda C, 24 transponders em banda Ku e payloads (carga de transmissão de dados) em Banda Ka e Banda X.
“O novo satélite ampliará nossa atuação com clientes da região e fornecerá mais capacidade para transmissões de dados em geral e para nossa estrutura de telefonia celular (backhaul), ajudando na ampliação dos serviços móveis”, afirma José Formoso, CEO da Embratel.
Mais oferta e melhores serviços
Com a Banda Ka, o novo satélite vai atender às demandas de backhaul de telefonia celular e ainda complementar uma cobertura semelhante disponível no Star One D1, ampliando as ofertas de internet e banda larga empresarial em grande parte do território brasileiro, além de permitir o uso de aplicações corporativas com transmissão de dados de alta qualidade.
As Bandas C e Ku vão complementar ainda as ofertas de dados, vídeo e internet de alta velocidade para órgãos do governo e grandes empresas que atuam no México e nas Américas do Sul e Central. Além disso, vão expandir as redes de backhaul celular já existentes na Banda Ku por meio de outros satélites da frota da empresa.
A Banda Ku também vai poder ser usada para a migração de sinais de TVRO (somente recepção), atualmente transmitidos em Banda C, de modo a atender essa condição prevista na futura implementação do 5G no Brasil. Possibilitará ainda a transmissão de sinais de TV por assinatura.
Já a Banda C vai garantir a manutenção e a distribuição de sinais para possibilitar o aumento da oferta de conteúdos de afiliadas de grandes emissoras de TV no segmento de broadcast.
“Ampliaremos nossas ofertas incluindo aplicações de entretenimento, telemedicina, agronegócio e tele-educação”, afirma Gustavo Silbert, diretor-executivo da Embratel.
Segundo Silbert, a empresa já atende com seus serviços de satélite as maiores empresas do Brasil e da América Latina, as principais emissoras de TV, canais independentes, bancos e companhias que utilizam sinais de televisão, rádio, telefonia, internet e dados.
Os serviços do novo satélite já podem ser contratados por empresas e órgãos do governo. “As entregas começam a valer a partir do início da fase de operação comercial do satélite, que ocorrerá já a partir de outubro de 2021", diz Lincoln Oliveira, diretor da Unidade de Satélites da Embratel.
O Star One D2 será controlado a partir do centro de operações de satélites do Brasil e da América Latina, localizado na cidade de Guaratiba, no Rio de Janeiro. O satélite foi construído pela Maxar e lançado pela Arianespace.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Ricci