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Estado de Minas SOFTWARE

Vox Radar expande seu mercado no Brasil e faz parceria com o EM

Empresa de monitoramento das redes sociais criou plataforma que vai ajudar jornalistas da redação a buscar novas pautas na ronda no dia a dia


18/08/2021 06:00 - atualizado 18/08/2021 08:29

Empresa usa software para avaliar conteúdos nas redes sociais(foto: Editoria de arte)
Empresa usa software para avaliar conteúdos nas redes sociais (foto: Editoria de arte)
 
Um projeto audacioso que nasceu de forma espontânea: profissionais de diferentes áreas se uniram para criar uma plataforma que permitisse a análise e interpretação de dados, de maneira precisa, das redes sociais e canais de notícias. Foi a partir deste ideal em comum que nasceu a empresa de tecnologia Vox Radar, que atualmente conta com uma dezena de colaboradores e faz o monitoramento dos principais assuntos em evidência no Brasil, especialmente no meio político. 
 
A empresa atualmente é parceira do Estado de Minas na criação do projeto Scoop, aprovado na edição de 2021 do Desafio da Inovação da Google News Initiative (GNI) na América Latina. A plataforma ajudará repórteres, subeditores e editores na identificação de pautas e tendências de assuntos nas principais coberturas do dia a dia. 

A Vox Radar já vinha atuando informalmente desde o ano passado, mas há três meses entrou no mercado de forma efetiva. “A empresa em si é de desenvolvimento de softwares, como um serviço. Temos um software que disponibilizamos para alguns indivíduos, para sanar curiosidade deles, o que as pessoas falam a respeito deles, por exemplo. Também temos formas de trabalho que não estão ligadas diretamente ao uso do software. Construímos alguns tipos de análises que variam de interesse de acordo com o que seria a vontade do indivíduo que vai começar a usar o programa”, afirma o economista João Madureira Yamin, mestre em ciências da computação e um dos criadores da plataforma. 

Hoje, a Vox Radar presta serviços no país para várias empresas, que querem medir o alcance de ações específicas ou o que desejam saber o que outras pessoas estão falando a respeito delas. A partir desse monitoramento, as companhias em si vão atuar em determinada frente de trabalho com o objetivo de buscar sua própria expansão e atingir novos públicos

“Temos várias formas de analisar. Uma delas é avaliar quantas pessoas falam da sua marca e como elas falam, se elas elogiam ou criticam. Além desse uso de medir o que as pessoas falam a respeito do seu produto, vendemos relatórios que mostram como estão tratando os temas políticos, como reforma tributária ou o que políticos falam sobre isso, o que os influenciadores da área financeira ou economista falam sobre o tema, seu andamento etc”, afirma Yamin.

No meio político, a atuação da Vox Radar é ainda mais abrangente, com serviços prestados para partidos políticos ou candidatos. “Uma das nossas formas de trabalho é avaliar a quantidade de menções sobre uma determinada pessoa. Temos algoritmos capazes de interpretar se aquele indivíduo que está falando é de direita ou esquerda, qual seria sua ideologia política. Baseado nisso, queremos dizer se a pessoa está falando uma coisa que é boa ou ruim a respeito de determinado político, mas consegue entender se ele está falando algo bom ou sobre a índole dele, se ele é bom, quais os políticos em que ele reage de forma positiva ou quais são aqueles que ele reage de maneira negativa”, explica Yamin.

Ele detalha ainda que a equipe da Vox é multidisciplinar e atura em diferentes ramos. “São pessoas que entendem de ciência de dados e usam isso de diferentes formas. Eu, por exemplo, sou economista, tenho mestrado em ciências da computação e doutorado em matemática aplicada. Tem outras pessoas que são economistas ou formações em outras áreas, como engenharia de produção, engenharia mecânica, que foram para essa área”. 

“Somos uma equipe que tem professores de São Paulo, da PUC-RJ ou de universidades do exterior ou alunos. São sócios e a variação do tamanho da cota de cada um varia com a quantidade de horas que elas se dedicam para a empresa”, acrescenta.

Parceria 


O Scoop vai permitir que jornalistas do Estado de Minas acompanhem novos assuntos e temas para reportagens à medida em que eles forem mencionados em redes sociais, sites e blogs. Além disso, a plataforma também vai permitir a identificação de eventos locais usando tags de geolocalização e filtros inteligentes.

A iniciativa vem se enquadrando bem nos critérios do Google. O seu principal objetivo é automatizar um processo interno das redações jornalísticas, conhecido como ronda. É quando um jornalista busca, em diversas fontes, como sites oficiais, redes sociais e até nos concorrentes, assuntos e temas que podem virar pauta. Hoje, isso tudo é feito manualmente pelos jornalistas nas redações, em um processo que, apesar de fundamental, muitas vezes acaba sendo insuficiente, diante da imensidão de assuntos que podem surgir, além de consumir um tempo considerável. 

“É um projeto interessante. A ideia inicial seria conseguir criar uma ferramenta on-line que atingisse três objetivos gerais e específicos. O primeiro deles seria uma ferramenta que pudesse ajudar pessoas que fazem parte de grupos específicos que costumam ser discriminados. Nesse sentido, organizamos o software para que, na hora de coletar as notícias ou o que as pessoas estão falando, ponderarmos de uma maneira diferente quando o assunto for relacionado ao tema”, explica Yamin. 



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