A clonagem de celulares é um dos golpes mais populares no Brasil. Dados da PSafe, empresa de segurança digital, mostram que cerca de 12 mil usuários brasileiros são vítimas do crime por dia.
Várias técnicas são usadas por golpistas. As mais comuns são a clonagem do Whatsapp e de chips, o SIM swap. Nesses casos, o criminoso tem acesso às mensagens e telefonemas do usuário clonado, podendo fazer uso indevido dos dados ou mesmo se passando por aquela pessoa para enganar seus contatos.
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Twitter: por que Elon Musk quis tanto comprar a rede socialRanking mostra as maiores vendas de empresas de redes sociais'Se ele trabalha remoto, por que não posso?': a tensão entre funcionários no trabalho híbridoNova ameaça: malware invade aparelhos Android e rouba dados bancáriosA cópia do código do aparelho por softwares espiões também é uma possibilidade, apesar de menos comum. Nessa situação, a pessoa que clona o telefone tem acesso e monitora todas as informações do celular da vítima.
Como saber se meu celular foi clonado?
A clonagem não modifica nem influencia o manuseio do aparelho pela vítima, por isso muitas vezes passa despercebida. “A pessoa só começa a perceber que está acontecendo alguma coisa quando alguém começa a entrar em contato com ela”, afirma Helder Costa, engenheiro e especialista em sistemas de informação. É muito comum o golpista chamar contatos da pessoa clonada pedindo dinheiro, ajuda ou mesmo vendendo algum produto falso.
Existe a possibilidade de verificar com a operadora se há algum problema ou estranheza com o número, porém, para o especialista, “a melhor forma é a prevenção”.
Como me prevenir?
“Senha!”, responde Helder Costa. Ele recomenda usar uma senha para bloquear o aparelho e ativar a autenticação de dois fatores. O último recurso pode ser ativado em contas online e em Apps, como o de bancos e do Whatsapp. Existem diferentes métodos de verificação para isso, como o envio de código por SMS, dispositivos de token e a biometria, por exemplo.
Meu celular foi clonado, e agora?
O engenheiro destaca dois pontos fundamentais: comunicar o problema à operadora e fazer um boletim de ocorrência. Segundo ele, a operadora consegue verificar a origem das chamadas e, em caso de suspeita, pode bloquear o número e auxiliar na busca por uma solução.
Comunicar às autoridades sobre o acontecimento também é fundamental, tanto para investigar o suspeito, quanto para impedir que a vítima seja responsabilizada por crimes cometidos em seu nome. “Todo crime precisa ser notificado”, defende.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.