Em 'The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom', o maior desafio enfrentado pelos jogadores é não se perder no vasto mapa do jogo. Este novo título da franquia, que será lançado no dia 12 de março para o Nintendo Switch, apresenta um mundo colossal repleto de obstáculos e distrações que desviam o jogador do caminho principal, tornando a jornada do ponto A ao B uma experiência emocionante e gratificante. Como sucessor de 'The Legend of Zelda: Breath of the Wild', lançado em 2017, o jogo mantém a liberdade de exploração do reino de Hyrule e aprimora aspectos do título anterior.

O mapa de 'Tears of the Kingdom' é uma versão reformulada de Hyrule, apresentando novos personagens, construções e histórias. Além disso, o cenário tornou-se mais complexo, com a adição de centenas de cavernas e áreas subterrâneas, retomando uma tradição da série, e a criação de duas áreas inéditas: as ilhas flutuantes, suspensas no ar a centenas de metros de altura, e as escuras profundezas, repletas de monstros aterrorizantes. O jogo, que se passa alguns anos após os eventos de 'Breath of the Wild', possui uma trama independente e pode ser apreciado mesmo por aqueles que nunca jogaram 'Zelda' antes.

Em 'Tears of the Kingdom', o reino de Hyrule está se reconstruindo após a 'Calamidade', e uma substância misteriosa chamada 'Gloom' começa a emanar do subsolo do castelo, adoecendo aqueles que entram em contato com ela. O jogador assume o papel do herói Link em sua busca para recuperar suas habilidades, descobrir o paradeiro da princesa Zelda e enfrentar a ameaça maligna responsável pelo surgimento do 'Gloom'. Para isso, Link conta com quatro novas habilidades, como 'Ultrahand', que permite mover objetos e combiná-los, e 'Fuse', que possibilita fundir objetos com suas armas, flechas e escudos.

As mecânicas de combate são semelhantes às de 'Breath of the Wild', com armas que se desgastam com o uso e técnicas como 'Flurry Rush' e 'Perfect Guard'. O jogo também apresenta torres que revelam o mapa da região e 'shrines' (santuários) com desafios e tutoriais. As 'Divine Beasts' do jogo anterior foram substituídas por 'dungeons' (masmorras) tradicionais, que combinam quebra-cabeças, exploração, batalhas e um chefe final.

Embora os gráficos sejam ligeiramente melhores do que os do título anterior, o Nintendo Switch apresenta dificuldades para rodar o jogo, com travamentos e quedas na taxa de quadros por segundo em algumas situações. Além disso, é lamentável a ausência do idioma português entre as 11 línguas disponíveis para tradução, dificultando a compreensão de algumas missões para os jogadores brasileiros. Apesar desses problemas, 'The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom' é considerado um jogo extraordinário e um dos melhores da história da Nintendo.