A Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) de Uberaba, no Triângulo Mineiro, planeja utilizar satélite israelense, criado para detectar água em Marte, na busca de vazamentos de água. A ferramenta já é utilizada por uma empresa responsável pelo abastecimento de água no Rio de Janeiro e monitoramento constante de vazamentos na rede de distribuição.
Segundo informações divulgadas pelo presidente da autarquia, José Waldir de Sousa Filho, a licitação para buscar empresa para desenvolver o projeto deve ser lançada no segundo semestre do ano.
"O satélite foi desenvolvido para captar água em Marte e desativado, mas o deixaram em órbita, e agora o Cedae (empresa de economia mista) no Rio de Janeiro, está utilizando para esse serviço de diagnóstico da rede. O equipamento passa o rastreio duas vezes por mês, emitindo a ondas para detectar vazamento”, explicou.
O presidente da companhia Águas do Rio, Alexandre Bianchini, contou, no fim de março, ao site da companhia, que o satélite passa sobre o Rio a cada 14 dias.
“São apenas alguns minutos. Tempo suficiente para a emissão de ondas que atingem até três metros de profundidade no solo. Essas ondas fazem um escaneamento, identificam os locais onde há presença de cloro, substância usada no tratamento da água distribuída à população.Dessa forma, o satélite é preciso e não faz confusão entre água do lençol freático, esgoto, rios. E aponta com mais de 80% de precisão os pontos de vazamento do sistema de distribuição de água da cidade."
Em menos de um ano de uso, ainda conforme Bianchini, o satélite já escaneou no Rio de Janeiro quase 600 km de tubulação e gerou uma economia de 158 milhões de litros de água potável, suficientes para abastecer 7 mil pessoas por um ano.