Na última quinta-feira (25/5), a empresa Neuralink, pertencente ao bilionário Elon Musk, divulgou que obteve autorização da agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) para realizar pesquisas com seus implantes cerebrais em seres humanos. A aprovação ocorre após a FDA ter negado o pedido da empresa no ano anterior, conforme informações da agência Reuters. 





A notícia sobre a liberação da FDA para os primeiros estudos em humanos foi compartilhada pela Neuralink em seu perfil no Twitter, plataforma também utilizada por Musk. A empresa declarou que isso 'representa um primeiro passo importante que algum dia permitirá que nossa tecnologia ajude muitas pessoas'.

Em dezembro, Musk afirmou que a Neuralink estaria pronta para realizar implantes cerebrais em humanos dentro de seis meses. Na ocasião, o empresário mencionou que a FDA havia manifestado preocupação com um possível superaquecimento do dispositivo, que possui microfios no tecido cerebral, pois isso poderia levar ao vazamento de substâncias químicas do implante para o cérebro. 
 
 

A principal função do implante é 'ler' a atividade cerebral para, assim, transmitir comandos que auxiliem na recuperação de funções cerebrais gravemente comprometidas após um acidente vascular cerebral ou esclerose lateral amiotrófica, que resultam em sérios danos na capacidade comunicativa.





Até o momento, os implantes cerebrais foram desenvolvidos em uma única direção: do cérebro para o exterior (geralmente um computador que processa os sinais). Contudo, o projeto da Neuralink pretende possibilitar a transferência de informações também na direção oposta, ou seja, para o cérebro. A Neuralink trabalha no desenvolvimento de dois tipos de implantes simultaneamente: um para restaurar a visão 'mesmo para quem nunca a teve' e outro para recuperar as funções básicas do corpo em indivíduos paralisados por lesões na medula espinhal.

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