A ONG Educafro apresentou uma ação civil pública no sábado, dia 27, exigindo R$ 100 milhões em indenização do Google devido à disponibilização do controverso jogo 'Simulador de Escravidão' na loja de aplicativos da empresa. A organização defende a proteção coletiva da sociedade, especialmente da população negra, e acredita que gigantes como o Google devem ser responsáveis por suas ações ou omissões.
O jogo, que já foi removido da loja de aplicativos do Google, foi revelado na semana passada e é alvo de investigações do Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul e do Ministério Público de São Paulo. Nele, o usuário assume o papel de um 'proprietário de escravos' e busca obter lucro com a comercialização e exploração de pessoas negras, incluindo a possibilidade de torturá-las. O 'Simulador de Escravidão' é de propriedade da empresa Magnus Games, sediada na Malásia.
A remoção do jogo ocorreu na quarta-feira (24/5), após a denúncia do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do PL das Fake News, e uma série de reações negativas nas redes sociais. Em comunicado, o Google afirmou que possui políticas rigorosas para manter os usuários seguros e que não permite aplicativos que promovam violência, incitem ódio ou retratem atividades perigosas com base em raça ou origem étnica.
No entanto, a empresa não informou a quantidade de downloads realizados do jogo nem o tempo em que esteve disponível, além de outros esclarecimentos. A Magnus Games, por sua vez, não respondeu aos questionamentos sobre o caso. Antes de ser retirado, o aplicativo contava com mais de mil downloads e 70 avaliações, muitas delas com comentários racistas.
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