Uma pesquisa recente indica que as turbulências em voos ocorrerão com maior frequência e intensidade, em decorrência do aquecimento global e do aumento das temperaturas da superfície terrestre. O estudo foca especificamente nas turbulências de 'ar claro', que ocorrem quando o céu está limpo e sem nuvens, tornando-as indetectáveis pelos radares das aeronaves.
Essas turbulências são geradas pelas diferenças na velocidade do vento em diferentes altitudes, conhecidas como cisalhamento do vento. Os radares aeronáuticos geralmente identificam tempestades e turbulências ao detectar gotículas de água no ar. No entanto, no caso das turbulências de ar claro, não há nuvens formadas e, portanto, os radares não registram anormalidades.
Paul Williams, coautor do estudo e cientista atmosférico da Universidade de Reading, afirmou que a pesquisa sobre esse fenômeno vem sendo realizada há mais de uma década e que agora há evidências que sugerem que a intensificação já começou. Williams enfatiza que as companhias aéreas precisarão começar a pensar em como lidar com o aumento das turbulências.
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As turbulências em voos já custam milhões de dólares anualmente para as companhias aéreas devido a ferimentos, atrasos, danos e desgaste de aviões. Com a possibilidade de mais turbulências no futuro, as empresas aéreas têm motivos para se preocupar com o provável aumento dos custos dos voos.
Williams expressou surpresa e preocupação com os resultados da pesquisa, comentando que é assustador ver o quanto o fenômeno já aumentou e que as companhias precisam se preparar para lidar com esses desafios.