A Google confirmou à Polícia Federal que alocou cerca de R$ 2 milhões para anúncios relacionados ao Projeto de Lei 2630/2020 (o PL das Fake News), que está em discussão no Congresso Nacional. No entanto, as lideranças da empresa insistiram na não interferência da plataforma nos resultados de buscas na internet sobre a proposta.




 
A confirmação ocorreu durante depoimentos em um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a conduta de grandes empresas de tecnologia, com a supervisão do ministro Alexandre de Moraes.

Marcelo Oliveira Lacerda, responsável pelas relações governamentais e políticas públicas do Google, esclareceu que os anúncios não se opunham ao PL 2630/2020, mas questionavam a necessidade de aperfeiçoamento do texto.
 
Fábio José Silva Coelho, presidente do Google no Brasil, corroborou esta posição, afirmando que o objetivo era 'alertar o corpo legislativo' sobre os riscos da aprovação da proposta sem o devido aprimoramento.
 
Advogados do escritório Barroso Fontelles, Barcellos, Mendonça, representantes da empresa no Brasil, já compartilharam com o STF uma planilha de gastos com anúncios em meios de comunicação para expressar sua posição sobre o projeto.



Na planilha, consta que a empresa investiu aproximadamente R$ 634 mil em um anúncio publicado em 30 de abril.
 
O escritório também esclareceu que a posição institucional da empresa sobre o PL foi exibida por cerca de 24 horas apenas na página inicial do Google, e não como alerta ou sugestão nas páginas com resultados de pesquisas.
 
Segundo eles, este espaço é associado diretamente à marca e à imagem do Google, não sendo objeto de comercialização para anúncios, mas sendo utilizado para veicular links relacionados a temas de interesse da empresa ou de interesse geral.

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