Quem acessou o Google nesta quinta-feira (29/6) percebeu uma homenagem ao escritor Giacomo Leopardi, considerado um dos maiores poetas italianos do século XIX. Hoje ele completaria 225 anos.
Leopardi foi poeta, filósofo, estudioso e um dos maiores nomes da literatura de sua época. Nascido em 1798, ele começou a ler muito jovem, pegando os livros da biblioteca do pai. Por isso, aprendeu a falar latim, grego antigo e hebraico, sendo fluente nessas línguas.
O conhecimento foi a pedra fundamental para que Leopardi se tornasse filósofo. Em seus trabalhos, ele se debruçava na história e no desenvolvimento das línguas. O escritor também fez tradução de clássicos escritos em latim e grego.
Aos 10 anos, ele escreveu seus primeiros poemas líricos em italiano e em latim. Tanto as obras poéticas quanto as filosóficas eram exibidas com orgulho pela sua família.
Apaixonado pelo Iluminismo, Leopardi foi considerado um dos pensadores mais radicais de seu tempo. Aos 14 anos, escreveu o livro ‘Pompeo in Egitto’ (Pompeu no Egito), um manifesto criticando figuras poderosas de Roma. Em sua carreira, ele também foi autor de obras como ‘'L’appressamento della morte’ (Aproximação da morte), ‘Inno a Nettuno’ (Hino a Netuno), e Le rimembranze (Memórias).
Em seus textos, ele abordava temas como patriotismo, o amor não correspondido e profundas reflexões sobre a existência humana - tornando-o um precursor do existencialismo. Um de seus últimos trabalhos foi ‘Operette morali’ (Pequenas obras morais), coleção de ensaios filosóficos espirituosos repletos de ironia.
Leopardi morreu em Nápoles, em 1837, aos 38 anos, vítima de um edema pulmonar. Mesmo muito jovem, ele deixou seu nome marcado como um dos mais relevantes do Romantismo italiano.