O medo de ter seu celular roubado ou furtado faz cada vez mais parte da vida do brasileiro. Isso porque, segundo o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho deste ano, o Brasil teve um aumento de 16,6% de boletins de ocorrência de roubo ou furto de smartphones em 2022. O número total de boletins ultrapassou 1 milhão, com uma média de 2.738 celulares roubados por dia.
Os números também são assustadores em Minas Gerais, com cerca de 1 celular furtado a cada 10 minutos. De acordo com o Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG), somente entre janeiro e fevereiro 7.521 ocorrências foram registradas. No mesmo período, houve 1.758 ocorrências de roubo.
No entanto, a quantidade de bloqueio de celulares no estado é inferior ao de registros de roubos e furtos, segundo o assessor da Superintendência de Integração da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Flavio Augusto. Embora o quadro ainda não seja o ideal, a Central de Bloqueio de Celulares (Cbloc), parceria entre a Sejusp e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), tem feito um trabalho essencial na proteção de dados de aparelhos e na inibição dos crimes.
“O bloqueio vai impedir que o telefone seja reutilizado por uma outra pessoa dentro da rede de telefonia. A gente tem um sistema que se comunica diretamente com o sistema da Anatel. E aí, o telefone celular é bloqueado”, explica Flávio.
Como bloquear o celular?
De janeiro a setembro de 2023, a Cbloc realizou 6.004 bloqueios de celulares em Minas Gerais, sendo que 1.786 foram somente em Belo Horizonte e, em cinco anos, mais de 38 mil foram bloqueados. A estratégia impede que o aparelho seja utilizado por criminosos e faz com que o valor de mercado caia, além de o serviço ser válido para qualquer localidade do estado, independentemente do DDD.
- Faça um boletim de ocorrência
- Acesse o site www.cbloc.seguranca.mg.gov.br
- Preencha o formulário para pedir o bloqueio do aparelho
- Você vai precisar do código IMEI do celular
- Entre em contato com a operadora para bloquear o chip
- Troque as senhas de aplicativos de bancos, e-mail e redes sociais
De janeiro a setembro de 2023, a Cbloc realizou 6.004 bloqueios de celulares em Minas Gerais, sendo que 1.786 foram somente em Belo Horizonte e, em cinco anos, mais de 38 mil foram bloqueados. A estratégia impede que o aparelho seja utilizado por criminosos e faz com que o valor de mercado caia, além de o serviço ser válido para qualquer localidade do estado, independentemente do DDD.
“Se a pessoa tiver um celular que tem mais de um chip e informar só um número de celular no momento do bloqueio, o outro chip ainda vai ficar disponível para utilização. Então o que o usuário precisa se atentar é se o celular tiver mais de um chip, ele precisa ou informar dois números de celular ou informar o número de e-mail daqueles dois chips”, complementa o assessor.
Proteção de dados
Depois de fazer o boletim de ocorrência e o bloqueio do celular, o próximo passo é impedir o acesso a aplicativos de bancos, senhas de cartões de crédito, contas de redes sociais e e-mails por terceiros. Uma boa opção é apagar todos os dados do dispositivo a partir das ferramentas oficiais do Android e do iOS.
Além de bloquear o aparelho, os chips também devem ser bloqueados para que criminosos não o utilizem em outros celulares. O procedimento é importante para evitar que terceiros obtenham códigos de verificação em duas etapas ou até mesmo utilizem aplicativos de mensagem para aplicação de golpes. Para realizar o procedimento é necessário entrar em contato com a operadora do cartão SIM.
Fazer o logout das redes sociais e aplicativos de mensagens e de bancos é essencial para que informações pessoais não sejam roubadas. Em seguida, é importante alterar as senhas não apenas das contas de redes sociais, mas também das contas do Google, o que impede que fotos, e-mails e histórico de navegação sejam acessados por terceiros.
Ao mudar as senhas, é interessante ativar a verificação em duas etapas para ter mais segurança. Utilizar senhas fortes, biometria e reconhecimento facial em aplicativos auxilia na proteção.
Em relação aos aplicativos de banco, é válido ligar nos bancos em que se tem contas abertas e solicitar o bloqueio temporário das contas para não correr o risco de ter movimentações indesejadas, como compras, transferências e saques. É indicado que os cartões também sejam bloqueados, pois ao ter acesso ao aparelho, o invasor pode obter informações de cartões do banco através de carteiras digitais.
Proteja Seu Celular
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) anunciou o lançamento de um novo aplicativo para prevenir roubos de celulares até o final do ano. Divulgado no início de outubro, o “Proteja seu celular” busca diminuir o número de roubos e furtos de celular. A iniciativa do MJSP é uma parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Anatel e oferece uma camada extra de proteção.
A proposta é que pelo site do projeto ou pelo aplicativo, usuários possam bloquear seus aparelhos depois de roubados ou furtados. Assim como a Cbloc, a ideia é inutilizar a rede telefônica do aparelho, mas de maneira simplificada. A ideia é que seja feito um cadastro anteriormente a perda de um celular, a fim de que, em caso de roubo ou furto do aparelho, as pessoas bloqueiem instantaneamente.
Para o acesso à plataforma, será necessário que o indivíduo tenha um login no portal Gov.br e cadastre o IMEI do celular, assim como informações de contato de até duas pessoas de confiança. No momento da perda do dispositivo, qualquer uma das pessoas pode acessar o serviço e ordenar o bloqueio total do celular.
*estagiária sob supervisão
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