Desde que novelas e séries ganharam a audiência nas telinhas, é possível notar pessoas que vivem juntas em pensões e, muitas vezes, esse tipo de acomodação é sinônimo de bagunça. Depois, vieram os albergues, que funcionavam do mesmo modo, com preços mais baixos, e onde os hóspedes têm maior socialização. Com um público mais exigente com o orçamento, surgiram os hostels. O conceito é o mesmo: a interação entre os visitantes que dividem a hospedagem, e consequentemente um custo menor do que as diárias convencionais de hotéis.
O professor alemão Richard Schirmann percebeu que faltavam acomodações baratas para estudantes quando, em viagens da escola, foi obrigado a pernoitar em celeiros ou escolas de outras cidades. Com a ajuda de doações, conseguiu abrir um albergue para a juventude – o primeiro hostel – em 1912, em Altena, na Alemanha. A ideia ganhou adeptos e se espalhou pelo mundo.
A analista de comunicação e marketing, Michelle Brito, de 27 anos, começou a experiência de se hospedar em hostel em um mochilão que fez sozinha pela América do Sul. Desde então, prefere esse tipo de acomodação. “A intenção era gastar pouco pra viajar mais. Fiquei em um hostel onde conheci amigos com quem mantenho contato.” Segundo ela, o custo/benefício para quem viaja sozinho é sempre melhor. “Em dezembro, consegui uma promoção da Black friday e paguei seis euros na diária de um hostel no Centro de Dublin. Em janeiro, por viajar sozinha, paguei nove euros no Centro de Madrid.”
Michelle contabiliza 16 experiências em hostels pelo mundo e não pretende parar. “A minha motivação é conhecer gente nova. Geralmente, os hostels organizam walk-tours ou Pub Craw, levam os hóspedes para conhecer a cidade e fazem programação à noite por um preço low cost. Gosto muito dos hostel-party. Você aproveita a festa ‘dentro de casa’.” Como dica, ela destaca: “Use cadeado na mochila, pois os hostels oferecem armário. E guarde o dinheiro, passaporte e celular na doleira amarrada na cintura ao dormir”.
Ao decidir passar o carnaval no Rio de Janeiro, o funcionário público Kardewally Abrantes, de 29, se hospedou em um hostel com os amigos. “A experiência foi a melhor possível, porque você acaba se forçando a conhecer as pessoas, novas culturas e a interagir. Fui, recomendo e iria de novo. É uma excelente opção para quem quer fazer coisas diferentes.”
Para facilitar a busca por um hostel descolado para a próxima viagem, o site Hoscar, HOStelworld Customer Annual Ratings, elege os melhores hostels por todo o mundo, baseado em avaliações dos hóspedes. O Turismo selecionou alguns dos melhores da lista em 2019.
Rússia
Soul Kitchen é um hostel em São Petersburgo, classificado como o melhor para se acomodar quando estiver sozinho. Está às margens do Rio Moika, a Estação de Metrô Admiralteyskaya fica a oito minutos a pé e o Aeroporto Internacional Pulkovo a 15 quilômetros. A facilidade de locomoção torna a opção muito prática.
Portugal
Em Lisboa, o hostel We Love F Tourists, é um dos melhores para as mulheres que viajam sozinhas. Fica perto do Centro de Lisboa, a sete minutos de carro da Praça Marquês de Pombal e próximo do bairro tradicional Alfama.
Brasil
Na grande São Paulo, Ô de Casa Hostel entra na lista de um dos melhores lugares para homens que viajam sozinhos. Localizado na Vila Madalena, um dos bairros mais boêmios da cidade, também é vizinho do Bairro Pinheiros e do Largo da Batata.
Holanda
Um dos mais populares de Amsterdã, o hostel ClinkNOORD tem localização privilegiada. Fixado em frente ao Rio IJ – a orla da cidade –, fica a 10 minutos de distância da Estação Central.
Espanha
No Centro de Madri, o Mola Hostel atrai um grande público. Ainda assim, sua posição favorece conhecer a Puerta del Sol e a Plaza Mayor sem se distanciar da Estação de Metrô Sol. De acordo com o site, é uma excelente opção para as viagens feitas em grupos.
Itália
Em Mestre, um hostel novinho entrou na lista de um dos melhores lugares recém-inaugurados. O Anda Venice fica a 8,7 quilômetros de Veneza e a 10 minutos do Aeroporto de Veneza – Marco Polo, garante uma estada mais confortável.
* Estagiária sob a supervisão da editora Taís Braga