“Era uma encruzilhada, no caminho de São Paulo para as Minas, no começo do século XVIII. Nessa encruzilhada se fixaram alguns moradores, sob a proteção de São Sebastião. O sítio virou arraial, e o arraial virou município, já agora sem o lindo nome de São Sebastião da Encruzilhada, pois uma das constantes da vida municipal do Brasil é trocar de nomes. Hoje se chama Cruzília” –
Carlos Drummond de Andrade
O escritor mineiro Carlos Drummond de Andrade já enaltecia a pequena São Sebastião da Encruzilhada. Nome dado a cidade devido à localização perto de uma interseção por onde passavam bandeirantes, garimpeiros e tropeiros que circulavam entre São João del-Rei, Rio de Janeiro, Aiuruoca e São Paulo. Cruzília, pertencente ao Caminho Velho da Estrada Real e integrante do circuito turístico das Montanhas Mágicas da Mantiqueira, reserva uma imersão na produção de queijos e história cultural de Minas Gerais. Os queijos da região lançam a cidade como referência na produção nacional da iguaria.
Outro destaque para a cidade é a indústria moveleira. Os artesãos cruzilienses foram os responsáveis pela confecção da cadeira e altar em madeira usados pelo Papa Bento XVI na sua última visita ao Brasil.
As fazendas centenárias também fazem parte do roteiro turístico da cidade. Destaque para a Fazenda Anghay, construída por uma tradicional família da cidade, a Fazenda Traituba, que foi reformada para receber D. Pedro I. Porém, o monarca não chegou a visitá-la devido a volta para Portugal. O antigo cinema da cidade, o Cine Vitória, também é um ponto que merece atenção.
Nas últimas semanas, o evento “Le Mondial du Fromage” concedeu 56 medalhas ao Brasil e mais de 45 são de profissionais queijeiro em Minas Gerais. O resultado da competição mundial da especiaria, que ocorreu na França, premiou 3 tipos de queijos produzidos em Cruzília. Sendo um na categoria ouro, outro com medalha de prata e um na categoria bronze.