De Buda...
Depois de ser bombardeada e massacrada (quase 100 mil judeus foram mortos pela ocupação nazista), a cidade se fortaleceu mais ainda. Seus monumentos exuberantes são a prova viva de uma cidade que fervilha vida e deixa qualquer turista embasbacado. Meu ponto de partida foi a Ponte das Correntes, a mais famosa da cidade, e a primeira a unir Buda a Peste. Leões gigantes esculpidos de cada lado parecem dizer que ali todos estarão seguros. Também servem de cenário para belas fotos.
De um lado do Danúbio, Buda oferece vários pontos turísticos, nos quais se pode ir a pé, desde que você goste de uma bela caminhada e tenha fôlego para subir morros. Mas há opções de transporte público eficiente para quem quer chegar mais rápido. Essa é a parte mais histórica, onde fica o Centro antigo e as principais atrações.
Um dos lugares que me chamaram a atenção foi o Bastião dos Pescadores, mirante de onde se pode contemplar Peste, especialmente o Parlamento, para mim, o monumento mais extasiante do lado Peste. Mas voltemos ao Bastião. O nome é porque antes ali funcionava um mercado de pescadores. Suas sete torres, por sua vez, homenageiam as sete tribos fundadoras da Hungria. Na fortaleza há uma estátua de Estevão I (primeiro rei da Hungria) a cavalo. Para subir nas torres, pagam-se 7 euros, mas é a partir delas que se tem a vista maravilhosa do Danúbio e de onde se alcançam algumas das nove pontes que ligam os dois lados.
DETALHES
No mesmo espaço, a Igreja de São Matias me fez flutuar quando, ao meio-dia, badalou os sinos por mais de três minutos, envolvendo toda a atmosfera com o som que parecia vindo dos céus, de tão maravilhoso. Interessante é o telhado da igreja, todo colorido e detalhado. Do lado de dentro, outra surpresa, um coral fazia uma belíssima apresentação para os visitantes. Saí dali com a alma em festa e grata pela acolhida que a cidade oferece aos turistas.
Desse lado ainda tem o Castelo de Buda, que carrega museu de história, galeria e biblioteca nacionais. Por muitos anos, o castelo foi a residência dos reis da Hungria e, por isso, também é chamado de Palácio Real. Desde 1987, foi classificado pela Unesco como patrimônio da humanidade.
Também encantador é o parque em volta do Monte Gellért. Até chegar ao topo, vários clarões, com crianças brincando em parques ou pessoas fazendo piqueniques. A subida tem que ser feita devagar, mas vale a pena. Uma opção é ir de ônibus, mas não tem tanta graça e perdem-se as surpresas do caminho. Ao chegar ao topo, a Estátua da Liberdade, de braços erguidos, saúda os visitantes. Além disso, essa é realmente a melhor visão de toda a cidade.O lado Buda ainda oferece muitas atrações, que poderia ficar descrevendo por horas, mas vamos para o lado Peste, que também não deixa nada a desejar.
… a Peste
Caminhando ainda um pouco mais, deparei com lindos... cartões-postais. O principal, o Parlamento de Budapeste, sem dúvida, para mim a mais incrível atração. Se durante o dia a vista é maravilhosa, à noite não tem explicação. Uma das formas de ver esse espetáculo é fazendo o tour noturno em uma das embarcações próprias para o passeio. À medida que o barco desliza nas águas escuras e geladas do Danúbio, uma profusão de luzes e reflexos domina o percurso de cerca de uma hora. Todos os monumentos se acendem à noite e até os mais distantes podem ser contemplados.
Os números do Parlamento impressionam. No local se reúne a Assembleia Nacional da Hungria, com 199 membros. São 268 metros paralelos ao Danúbio, 23 metros de largura e mais 96 metros de altura, fazendo desse o prédio mais alto da cidade, junto com a Basílica de Santo Estevão. No total são 18 mil metros quadrados, 700 salas, 27 entradas. Nos seus 2 lados simétricos erguem-se a Câmara Alta e a Câmara Baixa.
A facilidade de se deslocar de um lugar para outro faz o turista querer visitar todos os points possíveis. E cada um vale mais a pena que o outro. Para quem gosta de curiosidades inusitadas, a Basílica de Santo Estêvão é o local ideal. Além de muito bonita, a visita atrai pela mão mumificada do santo. Para mostrar que o rei Estêvão I – primeiro rei da Hungria e fundador da igreja – foi incorruptível, sua mão foi mumificada e colocada em uma redoma em lugar de destaque na basílica. É, com certeza, o ponto alto da visita. Mas, para enxergá-la direito, é preciso colocar uma moeda de 50 centavos de euro para que uma luz se acenda no interior da redoma. Caso contrário, não dá para decifrar o objeto.
MEMORIAL
Todos os monumentos que fazem alusão ao Holocausto me emocionam muito. A escultura Sapatos, na margem do Danúbio, homenageia os judeus mortos na cidade durante a Segunda Guerra Mundial. Eles eram colocados enfileirados na margem do Danúbio e, antes de ser fuzilados e cair no rio, eram obrigados a tirar os sapatos – segundo um historiador local, eram as peças do vestuário mais caras e, por isso, reaproveitadas. No local, moradores e visitantes sempre deixam flores e outros objetos nos sapatos de bronze.
O lado boêmio de Budapeste também é muito badalado, com muitos bares, restaurantes e até feirinhas de comidas típicas montadas ao ar livre em praças, regadas com muuuita cerveja, para todos os gostos.
Restaurante que vale a pena, tanto pelo visual quanto pelo atendimento e cardápio, é o Kaltenberg. Foi lá que comemos o prato típico da cidade, delicioso por sinal, o goulach, uma mistura de carne com nhoque ou na forma de sopa. Fica no subsolo, como se fosse um refúgio antiaéreo, com teto de tijolos e várias divisões. E ainda fomos premiados com músicos tocando Brasileirinho, um espetáculo à parte.
Um lugar para admirar
Budapeste é um lugar onde você pode e deve esticar sua estada, pois é impossível visitar todos os monumentos e lugares aconchegantes em pouco tempo. Mesmo com a língua diferente, eles conseguem entender o inglês ‘arranhado’ do brasileiro e são bem hospitaleiros, apesar de não sorrirem muito. A realidade é que eles sabem como usufruir do turismo, a maior fonte de renda da Hungria.
MEMORIAL SAPATOS – Na margem do Danúbio, é uma homenagem aos judeus mortos em Budapeste durante a Segunda Guerra Mundial. As esculturas de bronze simbolizam os sapatos que eles ali deixavam antes de ser fuzilados.
PRAÇA KOSSUTH LAGE
Fica ao lado do Parlamento e tem grandes obras arquitetônicas e um maravilhoso, florido e muito bem cuidado jardim. E você pode pisar, deitar e rolar na grama.
RESTAURANTE KALTENBERG – O restaurante fica numa rua pouco movimentada e no subsolo. Ao descer a pequena escada, depara-se com um imenso salão e vários outros ambientes, todos de tijolinho à vista. A comida e o atendimento são fantásticos e os músicos ainda costumam reverenciar os turistas com músicas de seus países de origem.
FEIRA DE BEBIDAS E COMIDAS TÍPICAS – Quem olha para a comida exposta não dá nada por ela. É
preciso prová-la para acreditar no sabor e no tempero, que deixam qualquer paladar extasiado. Feiras ao ar livre são uma constante não só em Budapeste, mas por quase toda a Europa.
MÃO INCORRUPTÍVEL – Na Igreja de Santo Estêvão, a redoma em que se encontra a mão direita mumificada do rei Estêvão I, da Hungria, por si só já é um evento. Toda de prata com detalhes em
ouro, guarda muito bem um símbolo que representa a honestidade de um rei totalmente anticorrupção
SERVIÇO
Seguro-viagem
Lembre-se de que ao viajar para a Europa é preciso contratar um seguro-viagem. Ele é obrigatório para dar entrada em todos os países que fazem parte do Tratado de Schengen. O acordo estabelece que a cobertura mínima seja de 30 mil euros e serve para garantir que os visitantes poderão arcar com possíveis acidentes pessoais que possam ocorrer durante a viagem. Uma das vantagens de contratar com o Seguros Promo é a possibilidade de comparar planos de seguros diferentes. Dessa forma, você garante o melhor valor e a melhor cobertura para sua viagem. A empresa faz parte do grupo Belvitur, com mais de 53 anos de atuação no setor de viagens de lazer e viagens empresariais. Mais informações:
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