A disparada da moeda norte-americana tem preocupado turistas que estão se programando para as férias de janeiro na Disney. Como são necessários pelo menos 12 dias para conhecer todos os parques, a economia com hospedagem é uma das saídas. Por conta disso, a procura por quartos em casas em condomínios fechados na cidade de Orlando tem crescido rapidamente.
Para casais que viajam com até duas crianças, o valor das diárias vão de US$ 35 a US$ 70 mais impostos, na baixa temporada, e US$ 65 a US$ 120, mais tributos, na alta. Já em um hotel na região, um quarto que acomoda adequadamente três pessoas custa cerca de US$ 150.
“Aplicativos como o Airbnb, voltados para o aluguel de quartos para turistas, explodiram nos Estados Unidos, Ásia e Europa. Orlando, que, por causa da Disney é um dos destinos mais procurados do mundo, sempre teve muita demanda por esse tipo de hospedagem. Mas, curiosamente, não havia oferta na cidade”, afirma Ricardo Molina, CEO do grupo Casa na Disney (www.casanadisney.com.br), que administra quatro imóveis voltados para aluguel de quartos.
As casas voltadas a esse tipo de hospedagem em Orlando oferecem diversos atrativos. Como ficam dentro de um resort completo, com segurança, têm piscinas próprias e contam com anfitriões, que orientam os turistas quanto a dicas de compras, de parques, auxiliam aqueles que não falam inglês, promovem a integração entre os hóspedes e até os levam para jogar futebol.
“Os turistas conhecem a opção por meio do Airbnb, e na maioria são americanos, chineses, europeus e colombianos. Como os brasileiros ainda não se habituaram ao aplicativo, têm menor participação. São desconfiados e só se hospedam após receber recomendações de algum conhecido”, afirma Molina.
CONVIVÊNCIA “O custo foi menor do que o de um hotel. Além do conforto da casa e do clube dentro do condomínio, o que fez a diferença foi a convivência com os hosters. Nos deixavam à vontade e sempre estavam à disposição”, diz Fernando Santos, empresário de 59 anos, que, em sua segunda viagem a Orlando, ficou hospedado na casa com a esposa. “Na primeira vez, fiquei em um hotel. A experiência na casa foi muito mais agradável. Quando voltar, pretendo me hospedar ali novamente”, afirma. Pedro Campos, de 24, empresário, foi a Orlando passear e estudar o mercado para implantar um negócio no local. Adepto do Airbnb, viu a opção da casa como única.
“As opções que o aplicativo geralmente oferece quanto a quartos compartilhados não garantem conforto. Como a casa é muito espaçosa, você nem percebe que a está dividindo com outros hóspedes”, afirma. Outra vantagem são as opções de lazer, tanto do condomínio quando da casa. Outro ponto que ele destaca é que a integração com outros turistas é muito maior do que a proporcionada pelo ambiente de um hotel. “Além de brasileiros, fiz amizade com pessoas de três outras nacionalidades.”
Valéria Camargo, gerente de TI e Telecom, foi a Orlando com o filho Henrique, de 6, para ficar 12 dias. Mas, como os dois ficavam cansados e não conseguiam ir a todos os parques, optou por mais cinco dias na cidade. Quando ia procurar um hotel mais barato, acabou conhecendo o Airbnb. “Ficou ainda mais em conta, fora que tinha várias opções de lazer dentro do condomínio. Como estava sozinha com meu filho, me preocupei muito com a segurança. E ali foi muito tranquilo. A casa era linda”, conta. Ela destaca também a facilidade para alugar o imóvel. “Foi só mandar uma foto segurando o passaporte pelo próprio Airbnb”, diz.
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