Quem nunca viajou de navio não vai entender o que é se sentir livre, apreciando o pôr do sol entre o céu e o mar. Não vai entender o que é andar de sunga, biquíni ou roupão de banho pelas áreas comuns de um hotel luxuoso sem ser repreendido. Muito menos vai entender o que é participar de uma maratona cultural e gastronômica que não tem hora para acabar. E jamais entenderia o que é visitar várias cidades brasileiras sem precisar retirar as malas do quarto/cabine nem enfrentar intermináveis filas de check-ins em aeroportos em cada mudança de roteiro. Mas quem viaja uma única vez que seja em um cruzeiro, vicia, e vai querer repetir sempre. As comodidades oferecidas e os mimos a bordo são responsáveis pela reincidência do ato. Nos navios na costa brasileira, muitos passageiros são marinheiros de primeira viagem. Pesquisa feita pela Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), em parceria com a Fundação Getulio Vargas, sobre a temporada do ano passado, mostrou que 51,7% dos cruzeiristas nunca tinham entrado em um navio, enquanto 48,3% já haviam viajado de cruzeiro (três vezes, em média). Mesmo para quem está acostumado a fazer outros tipos de viagem, costumam surgir dúvidas específicas sobre os roteiros nesse meio de transporte.
O que levar
Não há limite de bagagem. A Clia Brasil sugere levar dois volumes por passageiro, cada um deles com no máximo 20 quilos. É proibido levar a bordo itens que emitam calor (como ferros de passar, velas, incensos), armas, drogas, alimentos, bebidas ou objetos pontiagudos (facas e tesouras). Toda bagagem está sujeita a inspeção por cães farejadores.Para o dia a dia dentro do navio, basta um vestuário informal (bermudas, camisetas, vestidos, sandálias, chinelos). Para fazer turismo em terra firme, o melhor é ter roupas confortáveis, escolhidas de acordo com o clima das paradas.
Recomenda-se não usar trajes de banho nos corredores. Leve saídas de praia, camisetas e shorts para facilitar a passagem da piscina para o interior do navio.Durante os jantares a bordo não devem ser usadas roupas de banho, shorts e camisetas. Vale verificar com a companhia quais são os trajes exigidos nos jantares de cada roteiro. Alguns cruzeiros oferecem eventos de gala (quando é assim, especifica-se no programa da viagem). Além das roupas, não se esqueça de colocar na mala protetor solar, remédios (inclusive para enjoo) e máquina fotográfica. Muita gente também gosta de levar binóculos, para curtir melhor a vista.
No primeiro dia, é importante levar uma bolsa de mão com uma muda de roupa, traje de banho, remédios e outros objetos pessoais. Cada navio leva em torno de 3 mil malas, e elas podem demorar a ser entregues na cabine. É indispensável colocar uma etiqueta na mala com os dados do passageiro (nome, endereço, telefone) e do navio (nome e número da cabine). Em geral, as próprias companhias fornecem essa etiqueta.
Documentação
Para viagens nacionais, é preciso levar um documento de identidade (como o RG ou a carteira de motorista). Em viagens para países do Mercosul é necessário o passaporte com no mínimo seis meses de validade e o RG (não vale a carteira de motorista).
Seguro-viagem
Todos os navios têm serviço médico, mas a consulta é paga à parte. É fundamental a contratação de seguro-viagem pelo prazo específico de duração do cruzeiro para que possa pedir reembolso das despesas pagas do seguro contratado. Com o Seguros Promo, o cliente tem a possibilidade de comparar planos de seguros diferentes. Dessa forma, você garante o melhor valor e a melhor cobertura para sua viagem. A empresa faz parte do grupo Belvitur, com mais de 53 anos de atuação no setor de viagens de lazer e viagens empresariais.
Embarque
Geralmente, o embarque começa quatro horas antes da partida do navio, e termina duas horas antes. Quem chegar depois disso corre o risco de não embarcar. Os embarques sempre são realizados após as 11h. Não se recomenda chegar antes desse horário, pois os terminais ficam lotados de passageiros que estão desembarcando. Ao chegar ao terminal, dirija-se ao setor de bagagem para deixar as malas. Elas serão levadas diretamente à sua cabine. Em seguida, é preciso ir até o balcão de atendimento da companhia para realizar o check-in (mostrar os documentos e receber as informações sobre o embarque). Saiba que amigos e parentes podem ir se despedir no terminal, mas não podem entrar no navio.
A bordo
Os cruzeiros costumam ter várias atividades gratuitas programadas, que podem ser acompanhadas no informativo deixado nas cabines diariamente. Sessões de ginástica e ioga, aulas de danças, gincanas, teatro e música ao vivo são alguns exemplos. Em alguns casos, é preciso fazer reserva para participar. Devido às exigências sanitárias, não é permitido consumir a bordo alimentos e bebidas adquiridos fora do navio.
Como alguns locais de parada não têm porto (por exemplo, Búzios, Ilhabela e Punta Del Este), o embarque e o desembarque é realizado em lanchas ou outros barcos menores que saem do navio até terra firme. Fique atento aos horários desses barcos.
Os navios têm lojas que vendem produtos de grife (roupas, joias, bebidas, maquiagem etc.) a preços mais baixos. Mas as compras só podem ser feitas quando o navio estiver navegando em alto-mar, e elas fecham quando ele está atracado. A mesma regra vale para os cassinos. É bom lembrar que menores de 18 anos não podem circular pelo cassino.
Gastos
Os gastos a bordo são em dólar e costumam ser computados em um cartão magnético. Dentro do navio, é preciso definir, no local indicado pela companhia, qual é o meio de pagamento que será vinculado ao cartão (cartão de crédito ou dinheiro em espécie, por exemplo).
Alguns itens que não costumam estar incluídos são bebidas, excursões opcionais em terra, jogos no cassino, serviços de lavanderia, spa e cabeleireiro, fotos do fotógrafo oficial. Quando o cruzeiro oferece o sistema all inclusive, também inclui bebidas alcoólicas e não alcoólicas. Alguns navios têm ainda restaurantes especiais, que cobram pela refeição.
Desembarque
Na noite anterior ao desembarque do navio, coloque a mala no corredor para que possa ser recolhida. Mas não se esqueça de separar, na mala de mão, uma roupa para o dia seguinte. Já ocorreu aqui no Brasil a cena de cruzeiristas desavisados desembarcando de pijama ou camisola. Vai pegar mal, né?
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