(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas ESTADOS UNIDOS

Nova York: a cidade em constante ebulição se reinventa

A maior cidade dos Estados Unidos oferece novos atrativos para turistas e moradores


postado em 05/11/2019 04:00 / atualizado em 05/11/2019 15:09

Flávia Ayer/EM/D.A Press
Do Brooklin, tem-se uma das mais belas vistas do skyline - paisagem dos prédios - nova-iorquino (foto: Flávia Ayer/EM/D.A Press)

 
Nova York , a cidade que nunca dorme, também não para de se reinventar. Um prédio de escadas que formam uma escultura, uma linha férrea convertida em parque público, uma área industrial que se tornou um dos principais mirantes do skyline nova-iorquino, um memorial que reverencia o passado e aponta para a esperança do futuro. Todas essas atrações se somam à Quinta Avenida, Times Square e Broadway, numa Nova York que surpreende turistas e até moradores com suas incessantes transformações. 
 


FlÁvia Ayer/EM/D.A Press
High Line Park reúne espécies de plantas, obras de arte e mirantes (foto: FlÁvia Ayer/EM/D.A Press)
Era uma linha de trem abandonada. Virou o The High Line Park, um parque público linear suspenso, com espaços criados especialmente para contemplar a vista, a arquitetura e a arte urbana. Pelos 2,5 quilômetros da antiga linha férrea, construída sobre as ruas de West Side, uma Nova York diferente vai se revelando a cada passo. O High Line se tornou uma inspiração mundial sobre como áreas industriais abandonadas podem se tornar espaços públicos dinâmicos.
 
Ali, caminhar vira sinônimo de contemplar. Ora a surpresa vem do desenho dos arranha-céus na paisagem, dos painéis de grafite ou da vista do Rio Hudson. Ora são as esquinas da cidade vistas de cima, as esculturas nos platôs, o vaivém dos pedestres nas ruas, os táxis amarelos, os prédios de tijolinho da Nova York– dos filmes. Por vezes, nos sentimos quase dentro das varandas de edifícios de luxo em Manhattan, já que o The High Line fica a 10 metros de altura.
 

FlÁvia Ayer/EM/D.A Press
The High Line Park transformou antiga linha férrea em área verde (foto: FlÁvia Ayer/EM/D.A Press)
A mobilização popular livrou da demolição a antiga linha de trem e levou o esqueleto a se tornar, em 2009, um parque público que une natureza, arte e design. O prefeito Rudolph Giuliani chegou a assinar a ordem de demolição, mas, vendo o potencial da área, escondida da maioria da população, moradores fundaram o ONG Amigos do High Line, para lutar por sua conservação.
 
A construção da linha suspensa, erguida em 1924, ocorreu para evitar mais mortes provocadas pela passagem de trem em meio à área urbana. Por mais de 20 anos, o local ficou em desuso, com a interrupção do transporte ferroviário em 1980.
 

 
FlÁvia Ayer/EM/D.A Press
Esculturas de Robert Indiana trazem a palavra amor em várias línguas (foto: FlÁvia Ayer/EM/D.A Press)
Com a ideia da criação de um parque, uma consulta pública foi feita para que interessados pudessem enviar sugestões sobre a destinação do espaço. A Amigos do High Line recebeu 720 ideias vindas de 36 países. Houve projetos que propuseram até uma montanha-russa e piscina pública sobre os trilhos.
 
A transformação manteve a atmosfera original da ferrovia, com vegetação típica das margens das linhas de trem e o plantio de milhares de outras espécies. Milhares mesmo: são mais de 110 mil plantas ao longo do parque, que pode ser acessado por escadas ou elevadores públicos.
 

 
FlÁvia Ayer/EM/D.A Press
Chelsea Market converteu antiga fábrica de biscoitos em mercado pulsante (foto: FlÁvia Ayer/EM/D.A Press)
Uma dica é conciliar a ida à High Line com a visita ao Chelsea Market, mercado situado bem próximo, numa área de Manhatan conhecida como Meatpacking District, mais especificamente na 9th Avenue, entre as ruas 15th e 16th. Antiga fábrica de biscoitos, o mercado conta com 35 lojas com todo tipo de comida. Além de lanchonetes, restaurantes e confeitarias há lojas de artesanato e mercearias. O local recebe mais de 6 milhões de visitantes ao ano. O prédio abriga também grandes empresas, como o Google.
 
 
 
 

Escalada panorâmica

 
Flávia Ayer/EM/D.A Press
Com vista panorâmica, The Vessel atrai moradores e turistas, sendo a mais nova atração em NY (foto: Flávia Ayer/EM/D.A Press)
Continuando a caminhada pela High Line, é possível chegar ao prédio que já se tornou um dos mais novos cartões-postais nova-iorquinos. O The Vessel é um edifício monumental que marca o centro do Hudson Yards, complexo de prédios que conferiu outra cara à antiga área industrial próxima ao Rio Hudson, no novo West Side.
 
A região, entre as avenidas 10th e 12th e as ruas 30th e 34th Oeste, tem a cara do futuro na cidade, que sempre se reinventa. O The Vessel é atração novíssima até para quem mora em Nova York, já que foi inaugurado em março. Há quem diga que a arquitetura se assemelha à modernidade dos países asiáticos.
 
Com oito andares, o prédio em espiral bronze conta com 2,5 mil degraus em 154 lances de escadas, que interligam 80 platôs. Se debaixo dele a visão impressiona, o edifício foi idealizado, no entanto, para ser mirante. De cada uma das plataformas o visitante se depara com diferentes ângulos da Ilha de Manhattan.
 
A obra interativa foi idealizada por Thomas Heatherwick e demais profissionais do Heatherwick Studio. Quem reserva horário para visitação pela internet tem entrada gratuita. Para visita sem hora marcada, é cobrado ingresso de US$ 10.
 
D.U.M.B.O., Brooklyn

Flávia Ayer/EM/D.A Press
Uma série de parques às margens do Rio Hudson, na região de D.U.M.B.O, no Brooklyn, rende passeio imperdível em Nova York (foto: Flávia Ayer/EM/D.A Press)
Muito além de Manhattan, a revitalização de uma antiga área industrial fez da área de Brooklyn, do outro lado do Rio Hudson, uma das queridinhas dos turistas e local obrigatório de visitação. Debaixo da ponte Manhattan Bridge, a região de D.U.M.B.O, abreviação para Down Under Manhattan Bridge Overpass, rende uma das mais belas vistas do skyline – paisagem dos prédios – nova-iorquino.
 
De quem parte de Manhattan, o passeio é completo desde o trajeto até o Brooklyn, que pode ser feito caminhando pelos 2 quilômetros da ponte Brooklyn Bridge. Outra opção interessante é atravessar o rio de balsa (ferry), que integra o transporte público da cidade. Também há linhas de metrô que percorrem o trecho, mas essa opção impede que se aprecie a paisagem.
 
Flávia Ayer/EM/D.A Press
Da Rua Washington, no Brooklyn, avista-se a ponte Manhattan Bridge (foto: Flávia Ayer/EM/D.A Press)
A região de D.U.M.B.O contava com uma série de fábricas e, a partir de sua revitalização, passou a abrigar empresas de tecnologia, galerias de arte, restaurantes. O destaque, entretanto, vai para parque públicos que se interligam às margens do rio e com Manhattan como pano de fundo. O corredor verde vai do Jonh Street Park, passando pelo Main Street Park (próximo daqui é que turistas tiram a foto da icônica Manhatan Brigde entre os prédios), pelo Empire Fulton Ferry Park (onde está localizado o carrossel) até chegar ao Brooklyn Brigde Park. 
 

Memórias eternas

 
Flávia Ayer/EM/D.A Press
Na área das Torres Gêmeas, One World Trade Center é símbolo da reconstrução (foto: Flávia Ayer/EM/D.A Press)
Nenhuma outra região demonstra mais a capacidade de Nova York de se reiventar do que a área onde, em 11 de setembro de 2001, ocorreu o atentado terrorista que derrubou os edifícios do World Trade Center. São edifícios, museu e memorial que fazem um tributo ao passado e apontam para uma esperança no futuro. Debaixo do solo, linhas de metrô, shoppings, cinema, mostrando um cotidiano pulsante em todas as dimensões.
 
O memorial de 11 de Setembro conta com duas “cachoeiras” estilizadas situadas exatamente onde estavam as Torres Gêmeas. Nas bordas do monumento constam os nomes das vítimas do atentado. No dia do aniversário de cada uma, uma rosa branca é colocada sobre o nome da pessoa. Em frente ao memorial, está também o museu que reconta a história do atentado.
 

Flávia Ayer/EM/D.A Press
Memorial às vítimas do ataque de 11 de setembro de 2001 (foto: Flávia Ayer/EM/D.A Press)
Apesar de toda a magnitude das construções, talvez um dos símbolos mais fortes da superação seja uma árvore do jardim da praça do memorial. A árvore de pêra callery é chamada de “árvore sobrevivente” e resistiu à destruição do ataque. Ela foi removida na época da tragédia, levada para o Departamento de Parques e Recreação da cidade e, em 2010, retornou ao local de origem, totalmente recuperada.
 
Nesse mesmo complexo também se encontra o edifício mais alto da cidade, o One World Trade Center. Com 102 andares, ele é conhecido como a Torre da Liberdade e só não supera a altura das antigas Torres Gêmeas. No topo, foi instalado um observatório 360o de onde se vê toda a cidade. Infelizmente, na hora em que a reportagem visitou a atração, com hora marcada, chovia torrencialmente – das coincidências para rir quando se está a passeio. 
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)