Após registrar melhora nos indicadores da pandemia, a prefeitura de Camanducaia publicou um novo decreto que flexibiliza atividades no município e, consequentemente, no distrito de Monte Verde. Dentre as principais mudanças, estão as regras de funcionamento de hotéis e pousadas, que poderão ter capacidade de 100%.
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O novo decreto considera “a avaliação positiva do cenário epidemiológico do Estado de Minas Gerais e do Brasil em relação à infecção pelo vírus COVID-19”. O documento foi assinado pelo prefeito de Camanducaia, Rodrigo Alves de Oliveira, na segunda-feira (16), e está em vigor desde a data de sua publicação.
“Aqui no nosso município tivemos uma melhora significativa dos casos confirmados e de internações da COVID-19. Estamos há mais de 15 dias sem confirmar nenhum óbito, e o número de casos tem caído diariamente. Nas últimas semanas, houve dias de não termos casos confirmados. Com essa melhora de cenário, pudemos fazer um novo decreto flexibilizando as restrições”, explica a secretária de Saúde, Shirley Andrade.
A última morte resgistrada em Camanducaia foi no dia 1º de agosto. O município contabiliza 3.447 casos e 73 óbitos desde o início da pandemia. Neste momento, três moradores estão internados e 19 em isolamento domiciliar. O total de recuperados chegou a 3.352. Os dados foram atualizados nesta quarta-feira (18/8).
Turismo em Monte Verde
Ano passado, Monte Verde implementou o turismo consciente – um sistema de controle para receber os visitantes. O distrito, inclusive, foi exemplo para outras cidades na retomada do turismo. Várias medidas foram adotadas para evitar a disseminação da COVID-19 e, assim, garantir a segurança de turistas e moradores.
Os visitantes encontram uma barreira sanitária na entrada do distrito, onde a temperatura é aferida. A fiscalização também faz a checagem da reserva de hospedagem. E as restrições, medidas de higiene reforçadas e barreiras sanitárias mostraram-se eficientes para evitar a propagação da doença, e atrair turistas durante a pandemia.
“A gente teve um dos melhores números da temporada de inverno da história da cidade. Ao mesmo tempo, a gente vem conseguindo reduzir dia a dia a quantidade de novos casos de COVID-19, e garantir que a vinda do turista seja segura para quem visita a gente e também para os colaboradores e empresários que trabalham na cidade”, afirma o executivo da Agência de Desenvolvimento de Monte Verde e Região (MOVE), Enzo Arnes.
Vale lembrar que Monte Verde teve um prejuízo de cerca de R$ 15 milhões durante os 30 dias em que ficou fechada em razão da onda roxa do Minas Consciente. Mas a MOVE tem elaborado uma série de ações para estimular a economia local e minimizar os prejuízos, como a tríade de eventos que aconteceu no distrito entre os 11 de junho e 15 de agosto, e que atraiu muitos turistas.
(Gabriella Starneck / Especial para o EM)
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