O avanço na vacinação contra a COVID-19 no Brasil trouxe a retomada do turismo no país de forma gradual e adotando as medidas de prevenção estipuladas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No mês de novembro, a população brasileira conta com dois feriados nacionais prolongados: 2 de novembro (terça-feira) e 15 de novembro (segunda-feira), e muitos turistas estão se preparando para viajar após meses de isolamento social.
De acordo com o diretor técnico do Laboratório Lustosa, Adriano Basques, o primeiro passo para poder aproveitar a folga e sair de casa é saber se a pessoa está infectada com o vírus. “O ideal é fazer o exame COVID por PCR para saber se está infectado, mesmo que esteja vacinado. O Teste do Antígeno também pode ser uma alternativa para alguns países, como Portugal, com o resultado em até 1 hora. No entanto, este último é menos sensível para pessoas com a doença em fase pré-sintomática”, afirma.
Além disso, os viajantes devem atualizar o cartão de vacinas. Seguindo a RT de vacinas do Lustosa, Marta Moura, o laboratório teve um aumento de 22% na demanda de clientes que procuram vacinas que compõem o calendário vacinal do viajante. As vacinas de hepatite A adulto, febre tifoide, dTpa%2bpolio (difteria, tétano, coqueluche e poliomielite), meningite ACWY e meningite B, foram as mais procuradas pelos turistas.
Marta ainda aponta que, antes do coronavírus, diversos viajantes procuravam a vacina contra a Febre Amarela, pois para entrar em aproximadamente 160 países é preciso apresentar o Certificado Internacional de Vacinação (CIVP). Muitos clientes eram orientados sobre os riscos de contaminação por doenças infectocontagiosas encontradas nos países de destino, e assim eram indicados a completar o cartão vacinal.
Porém, com a pandemia muitos viajantes estão procurando a vacinação. “Começando pelo conhecimento das pessoas em relação à importância das vacinas, nunca se ouviu tanto sobre o tema como nesse período. Devido a isso, acredito que o cuidado em relação às vacinas será maior não só pelas pessoas, mas pelos próprios governantes, a fim de evitar novas transmissões de doenças que podem ser controladas pela vacinação”, frisa a especialista.
As vacinas contra difteria e tétano (dt), hepatite B, tríplice viral que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, febre amarela, poliomielite oral e raiva, são disponibilizadas pela rede pública. Já as demais vacinas como Hepatite A, Meningite B, Meningite ACWY, influenza, febre tifoide, dTpa polio (difteria, tétano, coqueluche e poliomielite) e varicela são encontradas na rede particular.
“Algumas vacinas administradas na rede particular têm diferença na composição, diminuindo a incidência de eventos adversos e ampliando a proteção, como é o caso da dtpa polio, que confere maior proteção contra o coqueluche e a poliomielite”, explica Marta.
Medidas de prevenção
Saber sobre a situação atual da pandemia no local de destino é uma das medidas de prevenção contra a COVID-19, como obter informações do aumento de casos, novas variantes, medidas restritivas de circulação e a documentação exigida no brasil e no exterior.
A RT do Laboratório Lustosa também informou que os destinos como África do Sul, México, Europa, Argentina e a região do Amazonas no Brasil são os que mais tem procura da vacinação. “Os números em alta em uma determinada região são sinais de alerta, assim como as medidas tomadas pelas autoridades locais. Vale conferir em sites oficiais as informações sobre as exigências para acessar o país ou cidade ou até locais turísticos”, orienta a especialista.
Outros cuidados que também são importantes durante a viagem, além do uso de máscaras, do distanciamento social, são evitar o contato físico em paredes, corrimões e balcões, quando não for possível higienizar as mãos e aglomerações.
Segundo o diretor técnico do Lustosa, Adriano Basques, mesmo com a redução dos números de casos, a pandemia ainda está presente e é preciso respeitar as medidas de prevenção para evitar que novas variantes apareçam e façam novas vítimas.
Dicas de prevenção
- Leia sobre a companhia aérea e suas instruções relacionadas à COVID-19
- Realize os exames solicitados dentro dos prazos de validade
- Confira informações e orientações sobre o país de destino e sobre as vacinas autorizadas, necessidade de apresentação de exame (em português ou em outro idioma) ou comprovante de imaunização
- Higienize as mãos com frequência durante o voo e durante a viagem
- Invista em boas máscaras, como o modelo N95 ou PFF2
Certificado Nacional de Vacinação
O governo federal disponibilizou no aplicativo Conecte SUS o certificado nacional de vacinação. Para tirar, é preciso:
- Acessar o Conecte SUS e clicar no ícone da vacina
- Apertar em cima das doses administradas
- Seguir para o detalhamento das doses administradas
- Clicar em “Certificado de Vacinação” – é possível selecionar o idioma (entre inglês, português e espanhol)
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.