A natureza foi generosa com Minas Gerais. Cascatas que despencam de morros, rios caudalosos, formações rochosas impressionantes, cachoeiras e um cenário deslumbrante compõem os 38 parques estaduais, dos quais 10 são abertos à visitação. Além da beleza, esses parques proporcionam momentos de tranquilidade e lazer, sendo uma ótima forma de manter contato com as riquezas naturais.
O Parque Estadual do Ibitipoca, localizado entre os municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipoca, na Zona da Mata, é o mais visitado do estado em razão das belas piscinas naturais, cachoeiras e grutas. As visitações ocorrem de terça-feira a domingo, das 7h às 18h, cobrando-se R$ 10 a entrada nos dias úteis, e R$ 20 nos fins de semana.
O Parque Estadual da Serra do Rola Moça – cujo nome da serra foi imortalizado pelo escritor Mário de Andrade, que em um causo contou a história de um casal que voltava do casamento quando a noiva caiu do cavalo e rolou serra abaixo – tem relevo peculiar devido à colorida vegetação com orquídeas, bromélias e candeias que o local abriga. As visitações são gratuitas e realizadas diariamente, das 8h às 17h. Ele abrange parte de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho.
Com mais de 40 lagoas naturais, entre elas a famosa Dom Helvécio, com 6,7 quilômetros quadrados e profundidade de até 32,5 metros, o Parque Estadual do Rio Doce, localizado em Marliéria, é o local perfeito para quem gosta de mergulhar, estar cercado por água e admirar a profusão de peixes. “O Parque Estadual do Rio Doce é primeira unidade de conservação criada em Minas Gerais e uma das primeiras do país, além de ser considerada a maior área contínua de mata atlântica preservada no estado, detém rica biodiversidade e árvores centenárias”, conforme o site oficial do Instituto Estadual de Florestas (www.ief.mg.gov.br).
Os rios Doce e Piracicaba são os principais corpos d’água da região, entre o Vale do Aço e o do Rio Doce. E o bioma predominante é a mata atlântica, que adentra áreas com florestas altas e estratificadas, sendo possível encontrar o jequitibá, a garapa, o vinhático e a sapucaia. Também abriga espécies raras e ameaçadas de extinção tanto da flora como da fauna. A visitação é de segunda-feira a domingo, das 7h às 18h. O valor cobrado pela entrada no parque é R$ 20 (inteira). Estudantes pagam meia-entrada; idosos acima de 60 anos e crianças até 6 anos não pagam. Moradores de Dionísio e Marliéria têm gratuidade para passar o dia, e os de Timóteo pagam R$ 2 durante a semana e R$ 10 nos fins de semana e feriados.
Escalada
Para os amantes de escalada, o Parque Estadual do Sumidouro é o destino perfeito. Com paredões de 550 a 750 metros de altura, quem quiser se aventurar, de terça-feira a domingo, das 9h às 16h, o preço de entrada é R$ 15. O visitante precisa levar seu equipamento. Criado em 1990, a área total é de 2.004 hectares, situada nos municípios de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O local abriga uma paisagem peculiar por suas características, destacando-se pela beleza cênica do seu conjunto de lagoas, grutas, pinturas rupestres e sumidouros. Entre seus principais atrativos estão Gruta da Lapinha, Gruta Arruda, Museu Peter Lund, Casa Fernão Dias e a Lagoa do Sumidouro – com aproximadamente 15 quilômetros de perímetro, é o aspecto hidrológico mais importante da região.
Já o Parque Estadual do Rio Preto, Mata do Limoeiro e de Nova Baden – que participa do Circuito das Águas de MG – são ótimos destinos para quem busca se refrescar em belas quedas d’água após uma boa caminhada. O primeiro, em São Gonçalo do Rio Preto, no Vale do Jequitinhonha, tem relevo cheio de rochas e quartzos que brilham quando o sol aparece. Suas mais famosas cachoeiras são Crioulo e Sempre Viva, com piscinas naturais e corredeiras. O funcionamento é de terça-feira a domingo, das 7h às 17h, com entrada a R$ 7. Durante feriados e férias, abre também às segundas-feiras.
A Mata do Limoeira, em Itabira, Região Central, é vizinha do Parque Nacional da Serra do Cipó. Além das muitas opções de cachoeiras, como a do Derrubado e a do Gabriel, é abrigo de espécies raras, como o rato-do-mato e o gambá-de-orelha-branca. A entrada é gratuita, de terça a sábado, das 8h30 às 12h, e das 13h às 17h. Aos domingos e feriados, a visitação é das 9h às 12h, e das 13h às 16h.
O Nova Baden, localizado em Lambari, no Sul de Minas, tem como destaque a cachoeira Sete Quedas, além de ser possível encontrar valiosos exemplares da fauna e flora da mata atlântica. O parque funciona de terça a domingos e feriados, das 8h às 17h.
“Para quem não se encontra em boas condições físicas, a subida é um tanto pesada. Porém, ao chegar lá não se arrependerá. Lugar bonito e tranquilo, recomendo” escreveu, anonimamente, um turista nas indicações do site do IEF sobre o Parque Estadual de Nova Baden. A entrada para a cachoeira custa R$ 10.
* Estagiária sob supervisão da editora Teresa Caram
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Proteção integral
Parque Estadual é a denominação dada às unidades de conservação de proteção integral que têm remanescentes florestais em áreas relativamente reduzidas e estão isoladas em regiões da cidade densamente urbanizadas. Como unidades de conservação de proteção integral, são lugares que devem garantir o mínimo de interferência de ações humanas. Por isso, se você pretende aproveitar o período de férias e o verão para curtir essas beldades, lembre-se de cuidar do meio ambiente, sem deixar lixos e resíduos ou depredar o local. No site edhorizonte.com.br/parquesmg é possível baixar o Guia de Parques de Minas Gerais, com 18 parques estaduais e mais de 200 atrativos. Para saber mais sobre esses lugares, valor da entrada e horários de funcionamento, basta acessar o site oficial do Instituto Estadual de Florestas (www.ief.mg.gov.br). Por meio dele, é possível encontrar todas as informações necessárias para quem deseja fazer as visitações.