Jornal Estado de Minas

ESPECIAL LAGOA SANTA

Conhecer a Rota das Doceiras é a mais prazerosa experiência em Lagoa Santa


Dona Lôra, Cássia, Vanessa, Adélia e Dona Roxa são nomes já conhecidos de muitos moradores de Lagoa Santa, principalmente quem já degustou alguma iguaria das quitandeiras da região da Lapinha. Quem já provou os famosos doces de leite, de pau de mamão, de jabuticaba, goiaba ou pequi já ouviu falar dessas mulheres guerreiras. Recentemente, com a criação da Rota das Doceiras, seus bolos, roscas, pães, compotas, geleias e suspiros foram projetados, merecidamente, ao estrelato.





Rota das Doceiras da Lapinha é uma das atrações que compõem o cenário turístico da cidade de Lagoa Santa. O projeto é uma iniciativa das produtoras de doces do Bairro Lapinha, e apoiado pela Secretaria Municipal de Bem Estar Social – Diretoria de Turismo e Cultura, além de ser fortemente abraçado pela sociedade lagoa-santense. A produção dos doces é inventariada e registrada como patrimônio imaterial da cidade.
Tombada pela prefeitura como Patrimônio Imaterial de Lagoa Santa, na Rota das Doceiras você encontra bolos, roscas, geleias e, muito, doces (foto: Carlos Altman/EM)

O ofício da produção de doces e quitandas da região da Lapinha em Lagoa Santa é uma tradição centenária que exalta a identidade e cultura regional, sendo um dos ícones de maior destaque no cenário cultural e turístico do município. Essa tradição envolve a transmissão dos saberes tradicionais entre as diversas gerações ao longo do tempo, tendo as mulheres da região como principais fontes de propagação e perpetuação dessa memória.

A Rota das Doceiras se constitui na organização de um roteiro turístico, com o mapeamento dos domicílios de diversos produtores locais. Nesse roteiro é possível visitar os produtores locais, acompanhar e conhecer um pouco mais a respeito da produção de doces, quitandas e artesanatos da região da Lapinha. Além disso, a Rota se propõe a desenvolver feiras e eventos culturais para impulsionar a divulgação e comercialização de seus
produtos.




 
 
O principal objetivo do projeto é contribuir com a manutenção da prática centenária de produção de doces e quitutes da região da Lapinha em Lagoa Santa. Tendo no ano de 2017, através do Conselho Municipal de Cultura e Patrimônio Histórico, o registro da prática de produção de Doces e Quitandas da Lapinha como Patrimônio Imaterial do Município.


Nessa rota de dar água na boca, o final de semana é a melhor pedida. Sugerimos iniciar com um café da manhã no Cafofo Café com Arte, com degustação dos quitutes deliciosos, como broa de fubá, queimadinho de gengibre, pão de queijo, tudo, servido com um bom café coado na hora. No mesmo espaço, os clientes vão aprender com a Cássia, uma das proprietárias do Cafofo, um de seus artesanatos, e poderão levar as peças produzidas como recordação desta inesquecível experiência. Na sequência, uma deliciosa experiência na cozinha-oficina com a Adélia, onde os participantes vão conhecer todo o processo de fabricação do saboroso doce de leite mineiro que ela aprendeu com a mãe, a conhecida Dona Roxa. E para deixar a vida mais doce, uma visita na Casa das Irmãs Argentinas que além de muitos casos para contar, elas produzem a melhor goiabada mineira.

Paladar mineiro
Restaurante Gruta da Lapinha: maravilhas da comida mineira feita no fogão à lenha (foto: Carlos Altman/EM)
 
Depois de se esbaldar nos doces, sugerimos conhecer a Gruta da Lapinha. Explore a belíssima região estrada do Parque Estadual do Sumidouro. Lá, a vegetação é formada por espécies como ipê-amarelo, ipê-roxo, Moreira, aroeirinha, jatobá-do-campo, gabiroba, mutamba, faveiro, entre outras. Para finalizar o tour na região, o melhor destino é o almoço tipicamente mineiro no Restaurante Gruta da Lapinha. Que tal vivenciar e participar de como se faz um delicioso frango com quiabo, ou tutu com molho de carne de porco? Um almoço sensacional, no fogão a lenha em uma saborosa experiência.