Numa manhã de domingo, no horizonte, centenas de pontos coloridos desenhavam a paisagem entre o céu e mar. De longe, se avistava apenas rabiscos feitos pelo balanço frenético, harmônico e, algumas vezes, sincronizados. A chegar mais perto, o que se via era de arrepiar. Sobre pranchas e puxados por pipas, praticantes de kitesurf promoviam um espetáculo de rodopios, em voos frenéticos e cinematográficos diante de uma platéia atenta. Nas águas quentes da Praia do Preá, no caminho de Jericoacoara, no Ceará, esportistas ousados enfrentavam a força do ventos para se sentir, por alguns minutos, super-heróis. O sonho de voar não tem limite: na "disputa" pelas águas, homens, mulheres, jovens e idosos estavam lá, reverenciando o calor, o prazer e natureza ao redor.
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O brasileiro é um povo apaixonado por destinos de praia, que constantemente figuram nos rankings de lugares mais reservados durante o ano. Pensando nisso, em novembro do ano passado, a Booking.com divulgou uma pesquisa, realizada apenas em território nacional, que mostra o comportamento dos viajantes do país quando visitam o litoral. De acordo com o estudo, o Nordeste é unanimidade quando o assunto é férias com pé na areia e banho de mar. Afinal, no ranking das cinco melhores praias do Brasil, quatro estão localizadas na região. A pesquisa comprovou que a Praia de Jericoacoara, ou simplesmente Jeri, no extremo Oeste do Ceará, é o segundo destino mais desejado pelos brasileiros, só fica atrás da Praia do Sancho, em Fernando de Noronha, em Pernambuco.
Paixão pelo kitesurf
“Conheci esse lugar por amor ao kitesurf e comprei um terreno a apenas 8 quilômetros do aeroporto de Jericoacoara. Assim nasceu o Vila Carnaúba, que hoje é uma realidade. Não há nenhum outro lugar em que eu queira estar mais na minha vida do que no Preá", conta Julio Capua, ex-sócio e co-fundador da XP Investimentos, citando o condomínio de alto padrão na famosa praia cearense. Após passar 16 anos na XP, onde foi sócio-fundador e CFO, Capua hoje lidera o Grupo Carnaúba, para onde atraiu amigos e investidores de diversas tribos, incluindo antigos sócios da XP, e os arquitetos Miguel Pinto Guimarães e Sérgio Caldas, que também viraram sócios.
Capua ressalta que, muito além do kitesurf, esporte que estreia nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, o Preá tem um potencial enorme de desenvolvimento, principalmente após a construção do aeroporto de Jericoacoara em 2017, que possui a capacidade de receber voos internacionais. Por isso, ele e seus sócios adquiriram outras terras e já estão planejando o desenvolvimento completo da região, incluindo não apenas a Praia do Preá, mas também o entorno, combinando moradia e turismo com ações de impacto social, econômico e ambiental. A ideia é transformar uma área rural de 20 milhões de m² em uma área urbana sustentável e responsável, com direito a casas de primeira, segunda e terceira moradia para todos os níveis de renda, além de hotéis e clubes, e empregando mão de obra local para gerar milhares de empregos diretos e indiretos.
“A primeira intenção era apenas construir um condomínio de alto padrão, em uma praia que todos os amantes de kite do mundo querem estar, mas que carece de produtos imobiliários e hoteleiros de qualidade. Tudo isso sem perder a simplicidade e essência do lugar, do rústico e do pé na areia, mas com mais conforto, para quem gosta. Mas não bastava apenas desenvolver a praia. O entorno também precisa ser planejado e receber bons produtos imobiliários para atrair pessoas que irão morar na região, atraídas pela oferta de emprego. Esse é o erro de muitos outros destinos de praia no Brasil - não se preocuparam com o entorno", avalia Capua, que aposta em um tipo de empreendimento que visa não apenas ao lucro, mas também à promoção da sustentabilidade e qualidade de vida a longo prazo.
Sustentabilidade
O Grupo Carnaúba está liderando um movimento ambicioso para transformar a praia do Preá, situada nas proximidades de Jericoacoara, no Ceará, em um destacado destino turístico planejado para o Brasil. Esta iniciativa é conduzida pela holding brasileira, focada no desenvolvimento imobiliário, que busca atrair investidores para impulsionar um crescimento ordenado e responsável nesta praia, que é reconhecida como um dos principais pontos de kitesurf do mundo. A intenção por trás do esforço do Grupo Carnaúba é estabelecer um modelo de desenvolvimento que não apenas promova o turismo, mas também leve em consideração o impacto social e ambiental das atividades econômicas na região. O nome "Carnaúba" foi escolhido como homenagem à árvore emblemática do Ceará, conhecida como a "árvore da vida", capaz de viver por até 200 anos. Esta escolha reflete a visão de longevidade do grupo.
O projeto de destaque do grupo é o Vila Carnaúba, um condomínio de alto padrão com instalações exclusivas, como uma escola de kitesurf, piscina, quadras esportivas, spa e muito mais. A primeira fase do projeto está programada para ser concluída em 2024. O condomínio também terá um hotel de luxo da marca internacional Anantara. Além disso, o Carnaúba Wind House foi recentemente pré-lançado como uma alternativa imobiliária, oferecendo uma combinação única de casa de férias com as facilidades de um hotel e clube. Essa abordagem exclusiva permite experiências diversas, desde viagens de lazer até estadias com trabalho remoto, sempre em meio a um ambiente propício para networking e entretenimento.
O Grupo Carnaúba adota uma abordagem holística ao incorporar impacto social por meio de iniciativas estruturais. Além das soluções imobiliárias, a empresa busca projetos sem fins lucrativos para melhorar a educação, saúde, gestão de resíduos e cultura local em parceria com o setor público. O Instituto Camboa, criado pelo Grupo, já conduziu projetos-piloto, como o "Pronto", um hub de saúde para moradores locais e turistas, e o "Mais Vida, Menos Lixo", um centro de gestão de resíduos que envolveu 97% da comunidade.A visão do Grupo Carnaúba é deixar um legado que inspire futuras gerações, alinhando propósito de vida com desenvolvimento sustentável. Miguel Pinto Guimarães resume essa aspiração: "O que me atraiu nesse projeto foi a possibilidade real de fazer diferente. Há uma série de ingredientes que podem permitir que o Preá seja um destino mundial com sustentabilidade, a começar pelas pessoas. A natureza já está lá também, e nosso trabalho é protegê-la".