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Estado de Minas

Conheça a região de Minas Gerais onde se produz os melhores queijos do mundo

Queijeiros da Serra da Canastra faturaram, ontem, 24 das 50 medalhas conquistadas pelos produtores mineiros no 4º concurso 'Mondial du Fromage et des Produits Laitiers', em Tours, na França


05/06/2019 12:37 - atualizado 06/06/2019 10:18

 
Exuberante Cachoeira Casca d'Antas, com 186 metros de queda
Exuberante Cachoeira Casca d'Antas, com 186 metros de queda (foto: Leandro Couri/EM)
A região do Sudoeste de Minas Gerais, que abriga o Parque Nacional da Serra da Canastra,  que abrange as cidades de São Roque de Minas, Delfinópolis, Sacramento, São João Batista do Glória e Capitólio é destino de natureza exuberante e diversas belezas naturais. Não é à toa, que em 2018, o lugar foi considerado – de acordo com o Observatório do Turismo de Minas Gerais - o ponto turístico mais visitado do Estado, com mais de cem mil turistas. Para desbravar os atrativos do parque, há diversas trilhas, desde as mais leves até algumas que exigem maior condicionamento físico. Entre as cachoeiras, estima-se que são cerca de 30 catalogadas, algumas têm acesso liberado, outras disponíveis somente para contemplação. Listamos seis quedas imperdíveis para se conhecer em um roteiro pela Serra da Canastra. Confira:

Cachoeira Casca D’Anta

Com 186 metros de altura, a Casca D’Anta é a mais famosa da região e está listada entre as maiores quedas livres do Brasil. Para admirá-la, é possível fazer dois roteiros: o primeiro, pela parte baixa do parque, tem uma trilha de cerca de um quilômetro até seu poço. De lá, é possível observar bem de perto toda a abundância da queda formada pelas águas do rio São Francisco; já a rota da parte alta oferece vista para o cânion por onde o rio desce a serra, além de um mirante de onde é possível avistar parte da queda principal e algumas piscinas naturais.

Cachoeira da Chinela

Com fácil acesso de carro e uma trilha de menos de um quilômetro, a cachoeira, situada em uma propriedade particular em Vargem Bonita tem poço profundo bom para banho e uma queda de 30 metros.

 Cachoeira do Cerradão
Cachoeira do Cerradão (foto: Turismo São Roque de Minas/Divulgação)
RPPN do Cerradão

A cachoeira do Cerradão fica em uma reserva Particular do Patrimônio Natural localizada a cerca de dez quilômetros de São Roque de Minas. Com uma queda de 200 metros de altura dividida em três lances, a formação tem poços profundos bons para banho.



 Cachoeira do Capão Forro
Cachoeira do Capão Forro (foto: Turismo São Roque de Minas/Divulgação)
Cachoeira do Capão Forro

O conjunto fica a cerca de cinco quilômetros de São Roque de Minas e abrange cinco cachoeiras e piscinas naturais. A do Mato, considerada a mais bonita, tem acesso a partir de uma caminhada de vinte minutos.

Poço das Orquídeas

A área pertencente à Cooperativa Agropecuária de São Roque de Minas é também conhecida como Lagoa dos Patos, uma referência a uma pequena lagoa que teria secado. Seu nome faz referência à maior atração da imensa fazenda de quase 560 hectares: uma piscina natural arredondada, com praia de cascalho, pequena cachoeira e muitas árvores com orquídeas.
 
Cachoeira de Rolinhos
Cachoeira de Rolinhos (foto: Setur/Divugação)
Cachoeira dos Rolinhos

Considerada a cachoeira mais alta do Parque Nacional, com 300 metros, a queda cai em forma de cascata formando poços de até 50 metros de extensão. Para admirá-la, há um mirante com acesso fácil via trilha. 

Onde ficar

O Hotel Chapadão da Canastra é a opção ideal para curtir um roteiro completo na região. Unindo o rural e o urbano, com estrutura de hotel e aconchego de pousada, o empreendimento ocupa um terreno de cinco mil metros quadrados onde mais da metade é composta de exuberantes jardins que chamam a atenção de seus visitantes. Localizado à margem do Rio do Peixe, é possível encontrar ainda, pequenos animais silvestres e diversas espécies de pássaros.  São 24 apartamentos com uma área de 25 metros quadrados, com banheiro completo, com frigobar, TV LED 32’, além de varandas com vistas da exuberante serra e do bosque que margeia a propriedade. Para o lazer o hotel oferece: piscina adulto e infantil, hidromassagem aquecida e barzinho, além de salão de jogos e loja de artesanatos, lavanderia. Para conhecer melhor a região, o Chapadão da Canastra disponibiliza veículos 4X4 para passeios nos melhores e mais procurados roteiros da Serra da Canastra.

Mais informações: www. chapadaodacanastra.com.br

Reconhecimento histórico

Casca amarela por fora e por ser macio e saboroso por dentro
Casca amarela por fora e por ser macio e saboroso por dentro (foto: Franciely Eduarda/Divulgação )
 

 

Quem visita o lugar, além de se encantar com os cenários típicos de cerrado com campos rupestres, vegetação de Mata Atlântica e, principalmente,  pelo queijo premiado que é produzido na região há mais de 200 anos. O tradicional Queijo da Canastra – conhecido por ter uma casca amarela por fora e por ser macio e saboroso por dentro–, é tão famoso que o seu modo de produção é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural imaterial brasileiro, desde 2008.

História
 
Dizem os antigos que o queijo veio de Portugal e que foram os tropeiros que levaram para a região mineira em suas travessias. Antigamente, nossos avós faziam queijo só para o sustento da família. Aos poucos o queijo começou a ser vendido em outros vilarejos perto daqui. Para não amassar, o queijo só podia viajar com mais de 30 dias de cura, quando já estava mais firme e amarelado. O Queijo da Canastra mantém uma tradição de mais de 200 anos. E os produtores seguem mesmas normas de antigamente e boas práticas exigidas para a produção de queijo artesanal para garantir um produto de alta qualidade.

Produção artesanal
Hora de %u201Cgrosar%u201D (lixar) o queijo
Hora de %u201Cgrosar%u201D (lixar) o queijo (foto: Alexandre Mota/Divulgação)
 

O Queijo Canastra é feito do leite de vacas que nascem e vivem livres no campo, se alimentando de pastagem natural. Ele é feito com leite cru, não pasteurizado. Depois do coalho, é hora de colocar o pingo, um fermento natural feito pelos produtores. É assim: eles pegam o o soro que escorre dos queijos que estão descansando e usamo como fermento na produção do dia seguinte. Isso contribui para que o queijo de cada produtor seja diferente um do outro, porque cada um usa o seu próprio pingo. Já com a massa na forma é hora de cada produtor dar o seu toque especial no tempero do queijo. Eles usam somente o sal grosso e mais nada. A quantidade é que vai fazer a diferença. Após o sal, chega a hora de “grosar” o queijo. Nessa parte do processo, cada peça é lixada por fora para fazer o acabamento. Para conseguir o sabor, a textura, a coloração do tradicional Queijo da Canastra, é preciso deixar cada queijo na tábua de maturação até ele curar. Assim ele ganha a sua identidade. O segredo nessa parte é virar o queijo todos os dias para que ele cure por igual dos dois lados.

Premiação 
Queijos da Serra do Canastra são reconhecidos mundialmente
Queijos da Serra do Canastra são reconhecidos mundialmente (foto: Franciely Eduarda/Divulgação )
 

Produtores de queijo de Minas Gerais estão em festa com a conquista das 50 medalhas no 4º concurso ‘Mondial du Fromage et des Produits Laitiers’, realizado entre os dias 2 e 4 de junho na cidade de Tours, na França. Foram 952 inscritos de 15 diferentes países. Os queijeiros mineiros levaram desde de medalhas de bronze até o super ouro, maior condecoração da disputa. O Oscar dos queijos é realizado de dois em dois anos. No último concurso, o estado havia levado 11 medalhas. Neste ano Minas faturou três dos quatro super ouros, cinco das seis medalhas de ouro, 20 das 23 medalhas de prata e 22 das 23 medalhas de bronze. Ao todo, o Brasil recebeu 56 medalhasO melhor desempenho da Serra da Canastra, até então, havia sido em 2017, com a conquista de três medalhas de prata. Dessa região, saíram este ano 17 medalhas para produtores em São Roque de Minas. Três para Delfinópolis. Duas para Piumhi. Uma em Medeiros e também uma para Bambuí.O crescimento foi comemorado pelos produtores da região. "Isso mostra o trabalho da associação ao ajudar o produtor a desenvolver as suas habilidades na fazenda para produzir um produto cada vez de melhor qualidade e conquistar o mundo todo", Hygor Douglas de Freitas Faria, gerente projetos da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan).


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