Jornal Estado de Minas

Deborah Secco revela surra que tomou por causa de Irís de Laços de família

- Foto: Antes da pandemia, atriz estava no ar em Salve-se quem puder, como Alexia/Josimara, apaixonada por Zezinho (João Baldasserini) - Foto: Camilla Maia/GLOBO


Deborah Secco enxerga Íris, de Laços de família, como uma das personagens mais populares de sua carreira. Exibida originalmente entre 2000 e 2001, a trama de Manoel Carlos voltou ao ar no Vale a pena ver de novo, da Globo, e a irmã de Helena (Vera Fischer) segue instigando fortes reações no público. Embora muitos exaltem as atitudes da filha de Ingrid (Lilia Cabral), quando o folhetim foi veiculado pela primeira vez, a atriz chegou a ser agredida fisicamente por causa dos atos na ficção.

"Tinha um público que amava a Íris e outro que odiava tanto que apanhei, de verdade, no supermercado, por causa dela. A personagem tem muitos motivos para ser cancelada, porque ela faz tudo errado", afirma a atriz.

Apesar de ter sofrido na pele da vilã, Deborah considera Íris um marco na carreira que construiu. Segundo a atriz, a personagem é uma menina completamente carente, sem pai e, agora, também sem mãe, que quer ser filha da irmã. Então, ela passa a destruir a vida da verdadeira herdeira, a Camila (Carolina Dieckmann).

"Para mim, Laços de família teve uma importância que não consigo mensurar em palavras. Foi uma personagem inesquecível. A Íris me surpreendeu, não esperava tanto dela.
Era uma vilã amada, as pessoas se lembram até hoje e considero que, nesse projeto, aprendi a, de fato, fazer novela", conta.

Íris não descansa até conquistar Pedro (José Mayer). Embora exista uma resistência do administrador do haras de Alma (Marieta Severo), ele acaba se rendendo aos encantos da personagem no último capítulo do folhetim. Para a intérprete, Manoel Carlos traz nos textos dele a complexidade das relações humanas, mas de um jeito simples. "Quando vou para fora do Brasil, algumas pessoas me reconhecem por causa da personagem. Não sabia que ia ganhar esse carinho popular. Era para ser odiada, mas as pessoas amavam. Não imaginava que ela conseguiria ficar com o Pedro no final", confessa.

O mais divertido para Deborah, como atriz, era ter nas mãos uma personagem com diferentes nuances.
Íris carregava uma mistura de sentimentos, pois poderia tanto ser invejosa e cruel em alguns momentos, quanto apaixonada em outros. A implicância dela com Camila, por exemplo, rendeu a cena icônica em que a garota escreve, com um batom no espelho, que a sobrinha é “Judas”, por ter começado a namorar o ex da mãe. Recentemente, a intérprete chegou a levantar a hashtag JudasDay, no Twitter, para comentar a sequência com os seguidores.

"A Íris era a justiceira, representava o público que sofreu com o rompimento da Helena e do Edu (Reynaldo Gianecchini). Alguns me diziam para acabar com a Camila, porque era Judas mesmo. Quando ela fica doente, a personagem fala: 'Tadinha, ficou feia, careca'. Eu não tinha muito como defendê-la. Ela era infantil, fazia da forma mais errada possível", relata.
Antes da pandemia, atriz estava no ar em Salve-se quem puder, como Alexia/Josimara, apaixonada por Zezinho (João Baldasserini) - Foto: Camilla Maia/GLOBO
REVIRAVOLTAS 
Antes da pandemia do novo coronavírus, Deborah estava no ar como a Alexia/Josimara de Salve-se quem puder, folhetim das 19h da Globo. No entanto, as gravações foram paralisadas em março e retornaram no segundo semestre para fazerem o desfecho, que só será exibido em 2021.
Segundo a atriz, a volta ao trabalho teve um gostinho ainda mais especial, pois sua filha, Maria Flor, de apenas 5 anos, fez participação na novela de Daniel Ortiz.

"A segunda fase de Salve-se quem puder será cheia de reviravoltas. Com tudo se resolvendo na história, todo o mistério vindo à tona. Acho que será impactante e emocionará o público", adianta a atriz.  
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