Alinne Moraes conhece bem as imperfeições de Bárbara, mas não a identifica como vilã em “Um lugar ao sol”. Na novela das 21h da Globo, a moça nem imagina que Christian (Cauã Reymond) assumiu a identidade do irmão gêmeo, Renato, que está morto.
A filha de Santiago (José de Abreu) até percebe as diferenças, mas prefere acreditar que foi ela a responsável pela mudança do marido. Porém, com o passar do tempo, o relacionamento fica cada vez mais tóxico para ambos. Afinal, o rapaz abusa psicologicamente da esposa, a fim de manter a farsa.
Na entrevista a seguir, a atriz, de 38 anos, abre o jogo sobre o processo de interpretar Bárbara durante a pandemia e o que mais a deixou intrigada com a personagem. Alinne também comenta a possibilidade de o público encontrar semelhanças entre sua atual personagem e Luciana, de “Viver a vida” (Globo, 2009 a 2010), que também se relacionou com gêmeos.
A filha de Santiago (José de Abreu) até percebe as diferenças, mas prefere acreditar que foi ela a responsável pela mudança do marido. Porém, com o passar do tempo, o relacionamento fica cada vez mais tóxico para ambos. Afinal, o rapaz abusa psicologicamente da esposa, a fim de manter a farsa.
Na entrevista a seguir, a atriz, de 38 anos, abre o jogo sobre o processo de interpretar Bárbara durante a pandemia e o que mais a deixou intrigada com a personagem. Alinne também comenta a possibilidade de o público encontrar semelhanças entre sua atual personagem e Luciana, de “Viver a vida” (Globo, 2009 a 2010), que também se relacionou com gêmeos.
''As pessoas vão julgar a Bárbara, porque ela comete muitos erros. Mas também vão gostar dela''
Alinne Moraes, atriz
Qual é o ponto mais intrigante da Bárbara de “Um lugar aos sol”?
Bárbara é uma personagem muito completa e complexa. As coisas vão acontecendo e ela vai se moldando. Comecei a novela de um jeito. No meio, estava outra. Quando você acha que está evoluindo na trama, acaba voltando e prepara uma armadilha para ela mesma cair. É frágil e delicada.
Durante a pandemia, as gravações chegaram a ser paralisadas. De que forma isso influenciou o seu processo de composição?
Quando a gente voltou a gravar, em outubro de 2020, até perguntei para o Maurício (Farias, diretor) como a gente faria, pois eu já era outra pessoa. Houve uma grande transformação. Lembrar de tudo foi difícil, porque não tinha acesso a nada do que havia sido gravado. Fiz sem pensar, com a minha intuição e com o que eu tinha lido. Nos capítulos, existia a trajetória da personagem. Fizemos um laboratório e uma leitura de mesa antes. Fui com o que a equipe ia me dando como retorno.
Você identifica alguma semelhança entre os sentimentos da Bárbara pelos gêmeos com a trama da Luciana, sua personagem em “Viver a vida”?
Nenhum sentimento é semelhante. Em todo o processo, eu nunca tinha feito a comparação. Quando postei o vídeo da chamada da novela, um seguidor comentou sobre isso e foi aí que caiu a minha ficha. Mas não comparei enquanto estava gravando. A Bárbara ainda continua pensando que é o Renato quem está com ela e não consegue enxergar nada. A realidade da personagem é distorcida até sobre ela mesma.
Você acha que as pessoas vão criar ranço da Bárbara ao longo da novela?
As pessoas vão julgar a Bárbara, porque ela comete muitos erros. Mas também vão gostar dela. É uma grande personagem, uma das melhores que já fiz.
Na sua carreira, você interpretou tanto mocinhas quanto vilãs. O que mais te instiga como atriz?
Acho mais desafiador a mocinha, porque é delicado de realizar. Já com a antagonista, tudo é possível. Até um erro é bem-aceito. Eu não vejo a Bárbara como vilã. Ela tem umas atitudes equivocadas, é um pouco bipolar, herdou da mãe algumas coisas que não são legais para a personalidade dela. É uma personagem que precisa da verdade para se encontrar e não só da terapia. Bárbara acha que o Renato é uma pessoa, mas ele é uma mentira e ela vai se perdendo. A relação dos dois é tóxica.