Jornal Estado de Minas

NOVELA

Larissa Manoela e Rafael Vitti: amor à primeira vista em 'Além da ilusão'



“O tema principal da nossa história é o amor. Tudo acontece porque os dois se apaixonam perdidamente e decidem viver esse amor, apesar de todas as forças contra eles”, conta o ator Rafael Vitti, referindo-se a Davi, o personagem dele, e a Isadora, vivida por Larissa Manoela. Em sua estreia na TV Globo, a atriz também faz o papel de Elisa, irmã de Isadora.





A trama começa em Poços de Caldas, no Sul de Minas, em 1934, e prossegue em Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, dez anos depois. Dividido em duas fases, o enredo é ambientado no Brasil da Era Vargas, às voltas com a Segunda Guerra Mundial.

ÓRFÃO SEM FORTUNA

Na cidade mineira, Elisa se apaixona à primeira vista por Davi, mas seu pai, o juiz Matias (Antonio Calloni), faz de tudo para separá-la do rapaz, mágico órfão vindo de uma família milionária que perdeu a fortuna.

Disposta a enfrentar o pai para ficar com Davi, a moça foge de casa, morre e o mágico é condenado por um crime que não cometeu. Anos depois, ele escapa da cadeia, disposto a provar sua inocência. Com documentos que não lhe pertencem, assume o emprego do dono da papelada. Vai parar na tecelagem que a mãe de Elisa, Violeta (Malu Galli), comanda com o sócio Eugênio (Marcello Novaes), em Campos dos Goytacazes.





Agora Violeta está à frente da família, pois Matias perdeu o juízo após a morte da filha. Davi se surpreende ao conhecer Isadora, a irmã caçula de seu primeiro amor, muito parecida com ela. Os dois se apaixonam, embora Isadora esteja noiva do ambicioso Joaquim (Thiago Voltolini/Danilo Mesquita), interessado na fortuna da moça. Ela nem sequer imagina que Davi é o mágico que conheceu ainda menina, o amor de sua falecida irmã.

“Quisemos recriar o passado de forma livre, mais próxima do presente. Diria que a novela é uma fábula atemporal, usamos o tempo para poder falar de agora”, diz Luiz Henrique Rios, diretor artístico de “Além da ilusão”. De acordo com ele, a ilusão do título não remete a algo fora da realidade, mas ao encanto que a vida pode ter.


Autora do folhetim, Alessandra Poggi se inspirou no Brasil dos anos 1930 e 1940. “Meu ponto de partida foi o livro sobre a comemoração dos 100 anos da Tecelagem Bangu, no Rio. Ele contava a história de como uma fazenda de algodão se transformou em tecelagem e, depois, em um bairro”, comenta.



Machismo de Eugênio (Marcello Novaes) não intimida a decidida Violeta (Malu Galli) (foto: Paulo Belote/divulgação)


A trama mostra também a luta da mulher para se impor naquela sociedade machista e a batalha dos trabalhadores por seus direitos. Violeta assume a fazenda do pai, Afonso Camargo (Lima Duarte), torna-se sócia de Eugênio na tecelagem. Correto e machista, o investidor vive às turras com Violeta, até se descobrir apaixonado. Na fábrica trabalha a decidida Olívia Souza (Letícia Pedro/Debora Ozório), que se torna líder dos tecelãos.

Larissa Manoela destaca que a novela fala de amor à primeira vista, coisa rara no mundo de hoje. Adorou a experiência com os dois papéis. Isadora criança é interpretada pela atriz mirim Sofia Budke. “Quando contracenei com a Sofia, consegui me ver nela em muitos momentos. Trouxe essa menina para a minha realidade e a adotei como minha irmã mesmo. Criamos um carinho especial uma pela outra”, conta Larissa.

Alessandra Poggi afirma que pretende “alegrar” e “dar esperança” ao público. “Espero que a novela emocione, faça as pessoas suspirarem de amor e se apaixonarem como os personagens”, diz ela, que escreveu “Além da ilusão” em parceria com Adriana Chevalier, Letícia Mey, Flávio Marinho e Rita Lemgruber.

A direção-geral de “Além da ilusão” é de Luís Felipe Sá, que comandou a equipe formada por Tande Bressane, Jeferson De e Joana Clark.

“ALÉM DA ILUSÃO”

• Estreia nesta segunda-feira (7/2), às 18h15, na TV Globo. Capítulos de segunda-feira a sábado, na faixa das 18h.

* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria