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Estado de Minas STREAMING

Plataformas apostam em nova era de ouro dos documentários musicais

Taylor Swift, Beatles, Lady Gaga e Kanye West, entre outros, estrelam produções em vários formatos. Mãe de Tupac e banda NTM são as próximas estreias


13/02/2022 04:00 - atualizado 12/02/2022 05:40

Taylor Swift toca piano, vestindo roupas caseiras, e tem um gato caminhando no teclado
Taylor Swift: atração da Netflix com "Miss Americana" (foto: Netflix/divulgação)

Documentários musicais vivem nova era de ouro, com material inédito sobre os Beatles, o fascínio por estrelas como o rapper Kanye West e a história do rock latino-americano em cartaz na TV paga e plataformas digitais. “Há toda uma ebulição de formatos, entre documentários clássicos, séries ou 'docficções'”, explica Olivier Forest, especialista francês em filmes musicais.

Entre os projetos previstos para 2022 está a série documental “Dear Mama” sobre Afeni Shakur, mãe do astro do hip-hop americano Tupac (Disney+), e “The world of tomorrow”, que mistura documentário e ficção sobre os primórdios da banda francesa NTM (Netflix).

O gênero documentário musical atingiu o auge na década de 1960. A chegada do canal de música MTV e dos videoclipes “entorpeceu” o setor na década de 1980. O público jovem queria formatos curtos, para sonhar a partir da música.

Com a internet e os criadores alternativos, os fãs estão voltando aos poucos à história da vida e do processo criativo de suas estrelas favoritas. Muitas vezes como veículo para desencadear um certo narcisismo, como foi o caso de “Miss Americana”, que acompanha Taylor Swift em 2020, atração da Netflix.

“O artista se torna conhecido nas plataformas de música, as pessoas o seguem nas redes sociais e então um documentário é pesquisado em outra plataforma”, explica Olivier Forest. No caso de Taylor Swift e Lady Gaga, o limite entre olhar documental e objeto promocional não é claro, alerta Forest. O rapper Kanye West, por exemplo, exigiu dar a aprovação final do documentário que a Netflix fez sobre sua carreira.

Em cena do documentário Get back, Paul McCartney, Ringo Starr e John Lennon tocam no telhado de um prédio. Ao fundo, vê-se um homem filmando com uma câmera
Beatles em ''Get back'': tesouro revelado pela Disney + (foto: Disney/divulgação)

INTIMIDADE

O futuro desses formatos parece promissor, porque existe “um público educado na imagem”, indica o especialista. Se não houver imagens inéditas, como foi o caso do aclamado documentário de Peter Jackson, “Get back”, sobre os Beatles, então “você tem de dar acesso à intimidade dos artistas”, explica ele.

Outros conteúdos são mais inovadores, como o documentário sobre a artista britânica Charli XCX. Trancada em casa no confinamento, ela pediu ajuda aos fãs para gravar um álbum. Seguidores musicalmente experientes colocaram habilidades à sua disposição, por meio de videoconferência.

“Chama-se 'Alone together' ('Juntos sozinhos') e resume o paradoxo contemporâneo: estar conectado enquanto está isolado”, explica o produtor francês Benoit Hické. “Isso diz muito sobre os métodos atuais, pois Charli XCX mostra seu processo criativo filmando a si mesma, tornando-se sua própria documentarista”, acrescenta o produtor.

Para as plataformas de streaming, é mais uma forma de atrair assinantes. 


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