Depois de uma sequência de mocinhos, Danilo Mesquita encara o papel do vilão Joaquim em “Além da ilusão”, novela das 18h da Globo. O ator, de 30 anos, desejava há algum tempo mostrar outro lado em cena, diferente de Carlos, de “Éramos seis” (2019 a 2020), e Valentim, de “Segundo sol” (2018). Agora ele tem essa oportunidade interpretando o dissimulado filho de Úrsula (Bárbara Paz).
Mau-caráter, o personagem tem como objetivo colocar as mãos na tecelagem da noiva, Isadora (Larissa Manoela), além de herdar a fortuna do padrinho, Eugênio (Marcello Novaes).
"Cansei de chorar. Agora quero fazer os outros chorarem (risos). Como ator, estou sempre buscando lugares novos, outras descobertas. Não acordei pensando em fazer isso, mas as coisas se encontram. Estava jogando para o universo sobre fazer papéis diferentes", revela.
Pronto para atrapalhar a relação de Isadora com Davi (Rafael Vitti), Danilo confessa que se sente mal com as vilanias de Joaquim. Porém, ele tem focado no trabalho e reforça o que aprendeu com o colega Antonio Calloni: só saberá exatamente quem é o personagem quando a novela chegar ao fim.
Dentro desse percurso, o ator se permite experimentar todas as sensações propostas pelo antagonista do mágico.
medo "Estava fazendo personagens parecidos, então, quando rolou de interpretar um vilão, fiquei empolgado. Tenho dificuldade de fazer cena esculhambando os outros. Achei que seria divertido, mas gera certo constrangimento. As cenas são fortes. Tive muito medo no começo, mas estou contando com a ajuda da galera", ressalta o ator.
Quando se trata de Joaquim em ação, os relacionamentos do personagem são movidos por interesse. Desde a primeira fase, o rapaz foi incentivado pela mãe a ficar próximo de Isadora, pensando apenas em garantir um futuro próspero.
Até onde vão os sentimentos do vilão é algo que o intérprete ainda desconhece.
"A gente conseguiu fazer uma preparação, todo mundo junto, para a construção dos personagens Os sentimentos do Joaquim são muito reais e humanos. O que diferencia uma pessoa boa de alguém mau-caráter é como lidamos com o que sentimos", relata.
A trama começou em 1934 e seguiu para 1944. Para Danilo, a novela conquista o público por tratar de temas universais.
Quem assiste pode se deixar levar pelo amor dos protagonistas, a busca por justiça de Davi e a luta por mais direitos dos trabalhadores da tecelagem, entre tantos outros assuntos levantados no folhetim das seis.
"Aquelas relações humanas poderiam ocorrer em qualquer época. A essência é igual”, afirma. “Na novela, são as mesmas questões da atualidade", acredita Danilo Mesquita.