Alanis Guillen enfrenta uma missão difícil em “Pantanal”: interpretar a icônica Juma Marruá. Apesar de respeitar o trabalho feito por Cristiana Oliveira na obra original, exibida pela Rede Manchete em 1990, a atriz não quer se prender a comparações entre as duas. Para isso, se jogou de corpo e alma na tarefa de entender quem é a personagem criada por Benedito Ruy Barbosa e, agora, revista por Bruno Luperi.
"Está sendo um processo diário, que começou desde o teste. Fui investigando esse universo, as onças, o Pantanal daquela época. Ir lá foi essencial para descobrir mais sobre a personagem. Quero me manter cada dia mais fiel a ela, aos meus sentimentos e ao que Juma provoca em mim. Tento fugir dessa comparação", conta.
“Pantanal” é o segundo trabalho de Alanis na televisão. O primeiro foi na pele de Rita, a protagonista da última temporada inédita de “Malhação”, entre 2019 e 2020. A jovem atriz, que completará 24 anos agora em maio, chegou a assistir a trechos da primeira versão para compreender melhor a história. Afinal, não era nascida quando o folhetim de Benedito Ruy Barbosa estreou na TV.
"Acho que é inevitável a gente se voltar para a primeira versão. Não fazia ideia do que era. Então, foi importante pesquisar. Mas, hoje, são outros atores, corpos e um mundo diferente. É uma história atemporal e o texto dá tudo. A gente vai lá para entender o que foi e tentar encontrar isso no aqui e agora", analisa.
Antes mesmo de começar a gravar, Alanis e Jesuita Barbosa se encontraram nos Estúdios Globo para ensaiarem juntos como Juma e Jove. O par romântico precisou entender de onde nascia a paixão entre o casal. Orientada por Maria Marruá (Juliana Paes) a se defender dos homens, a mocinha cede aos encantos do primeiro amor e até deixa o Pantanal com ele.
"A gente foi encontrando, junto, essa relação. Acho que uma coisa que prende muito Juma e Jove é o amor genuíno. Eles se descobrem um no outro", declara.
INSTINTOS EXPOSTOS
Assim como a mãe, Juma ganha a fama de se transformar em onça. Alanis buscou esse instinto selvagem em si própria. Gravando na região do Pantanal, teve até a oportunidade de se aproximar de animais. No entanto, ressalta que sabia que não poderia se aproximar tanto deles.
"O Pantanal é vivo. Tem que ser bicho para estar ali. Cheguei muito perto de uma cobra e de outros animais com respeito, consciente de que não é a qualquer momento que isso pode acontecer. Um instituto levou a sucuri e pedi permissão para me aproximar", relata.