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Estado de Minas TELEVISÃO

'O Velho do Rio mexe muito comigo', diz Osmar Prado, destaque de 'Pantanal'

O experiente ator conta que não foi fácil captar a complexidade do guardião da natureza, dono de sabedoria ancestral e conselheiro dos jovens Juma e Jove


03/07/2022 04:00 - atualizado 03/07/2022 00:11

Osmar prado em cena como o velho do rio da novela pantanal
Osmar Prado aprendeu sobre amor, simplicidade e justiça ao viver o Velho do Rio, de 'Pantanal' (foto: João Miguel Júnior/Globo)

Osmar Prado interpreta uma das figuras mais emblemáticas de “Pantanal”: o Velho do Rio. Na novela das 21h da Globo, ele é uma espécie de guardião da natureza. E se apresenta tanto em forma de gente quanto na pele de uma sucuri – a maior que já se viu pela região. Sempre com sábias palavras, o encantado aconselha Juma (Alanis Guillen), Jove (Jesuita Barbosa) e outros que passam por seu caminho.

"Fiz um mergulho interno. O Velho do Rio mexe muito comigo, com meu dia a dia. Não é fácil representar esse papel, que possui uma complexidade. Nós vivemos em uma sociedade na qual é preciso ter tudo e ele não tem nada além do amor, da empatia e da vontade de fazer justiça. Exercito uma simplicidade que eu, como ser errante, não tenho, mas posso mostrar na minha arte", declara.

Antes de se tornar o Velho do Rio, o personagem era Joventino (Irandhir Santos), pai de José Leôncio (Marcos Palmeira). Depois do desaparecimento misterioso do peão, o fazendeiro nunca desistiu de reencontrá-lo. E, se nada mudar na adaptação de Bruno Luperi, do clássico de Benedito Ruy Barbosa, os dois devem ficar frente a frente apenas no último capítulo.

"Na primeira versão, Cláudio Marzo (1940-2015) interpretou Joventino, José Leôncio e o Velho do Rio brilhantemente. Porém, preferi não ver muitas coisas sobre o que ele fez. Esse é o meu Velho do Rio e, quando tiver um terceiro remake, será diferente também. Ele aparece pouco. Mas, quando surge, tem grande significado", ressalta.
 
 
Não é à toa que o Velho do Rio é um dos personagens mais populares de “Pantanal” Além de aparições marcantes, o pai de José Leôncio ganhou um visual especial. Osmar conta que o período que passou em casa durante o isolamento social, antes das gravações começarem, colaborou para que ele deixasse seu cabelo e barba crescerem.

"A surpresa com o convite foi grande porque, inicialmente, o (Antonio) Fagundes tinha sido chamado. Com a pandemia, ficamos reclusos e, então, veio uma caracterização natural. Além disso, a indumentária é composta por uma capa que pesa cinco quilos e a solução para eu usá-la foi fazer uma mochila de couro, que distribui o peso pelo tórax", relata.
 

Parceria antiga com Irandhir

 “Pantanal” foi responsável pelo reencontro cênico de Osmar Prado e Irandhir Santos. Na primeira fase, o atual intérprete de José Lucas deu vida a Joventino e começou sua construção a partir da informação de que o ator veterano, de 74 anos, daria continuidade à trajetória do peão.

Na segunda parte da história, os dois já contracenaram em uma sequência carregada de emoção, quando o Velho do Rio legitima o primogênito de José Leôncio como um membro da família.

"Minha parceria com Irandhir vem de 'Meu pedacinho de chão' (2014), quando o vi criando no processo que o Luiz Fernando Carvalho (diretor) fazia. Ele interpretava o capataz do Epaminondas e sofria nas mãos do meu personagem. 'Pantanal' é a continuação do que iniciamos lá atrás. Para mim, é uma honra estar com ele novamente", afirma Osmar. 


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