Claudia Di Moura está livre, leve e solta interpretando a empresária Martha em “Cara e coragem”. Na novela das 19h da Globo, a personagem é mãe de Clarice (Taís Araujo) e Leonardo (Ícaro Silva). Após a morte misteriosa da primogênita, ela voltou a assumir o controle da presidência da Siderúrgica Gusmão. Porém, quer dar um voto de confiança e passar o bastão para o filho caçula, que está sempre armando pelas suas costas, com o apoio dos vilões Regina (Mel Lisboa) e Danilo (Ricardo Pereira).
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"A novela possui uma equipe extraordinária, mas é um gosto muito especial ter como filhos o Ícaro (Silva) e a Taís (Araujo), que sempre foram referências para mim. Martha é coberta de amor e coragem. Serena e altiva quando precisa. Está a serviço do país, pois tem uma siderúrgica, pensa na sociedade e faz filantropia", relata. Na visão de Claudia, “Cara e coragem” marca a dramaturgia brasileira, por trazer uma família negra na trama central e com poder aquisitivo.
"Martha é um aperitivo do que o povo preto tem de direito negado ao longo dos séculos. Tem riqueza material, um empoderamento emocional, oportunidade e desenvolvimento pessoal. Ela leva a vida sem medo e que bom que essa narrativa chegou pelas mãos de uma mulher (a autora Claudia Souto). É uma novela na qual, se você abrir a cortina dos bastidores, a diversidade aparece", afirma.
Novos tempos
Com uma consolidada carreira no teatro, Claudia Di Moura estreou nas novelas em “Segundo sol” (2018), na qual interpretou a empregada doméstica Zefa. Apesar de ter sido uma boa oportunidade de mostrar seu trabalho para um grupo maior de pessoas por meio da televisão, a atriz comemora que, em “Cara e coragem”, possa ocupar outro lugar na trama. Além disso, torce para que mais projetos tenham protagonismo negro.
"O núcleo preto é poderoso e está com o comando na mão. Parece até inverossímil, já que o audiovisual cristalizou o nosso lugar sempre na subserviência e de famílias desestruturadas e ameaçadas. Os Gusmão são ricos de nascença, com três gerações possuindo dinheiro. Pessoas que não conheceram a pobreza e a dor. A sensação que tenho é que estamos vivendo um novo tempo."