Jornal Estado de Minas

TELEVISÃO

Isadora Cruz: 'Acho triângulo amoroso interessante'

Candoca (Isadora Cruz) é moça determinada, que não se dobra aos poderosos (foto: Ronald Santos Cruz/Globo )

Aos 24 anos, pode-se dizer que a paraibana Isadora Cruz coleciona conquistas. A mocinha Candoca, de “Mar do sertão”, é a primeira protagonista dela na televisão. Mas a trama das 18h da Globo veio depois de uma investida bem-sucedida no exterior. Natural de João Pessoa, a bela morena morou nos Estados Unidos dos 5 aos 9 anos de idade e fala inglês fluentemente. Antes de ser escolhida para o folhetim, ela morava em Los Angeles.





"Candoca está sendo transformadora para a minha carreira e vida. Tenho aprendido com a força feminina dela, de se impor perante um prefeito e um coronel, homens poderosos em uma sociedade tão machista. Ela consegue ter a coragem de se colocar. Entende que pode mudar realmente aquilo ali", vibra.

O primeiro papel de Isadora na Globo foi a Cris, de “Haja coração” (2016). Após a personagem coadjuvante, a atriz se dedicou a trabalhos internacionais no cinema. Participou do filme holandês “Men at work – Miami” (2020) e do norte-americano “O chapeleiro do mal” (2021).
 
 
 
Em “Mar do sertão”, dá vida a uma professora que se tornará médica na segunda fase da história escrita por Mario Teixeira e dirigida por Allan Fiterman. De casamento marcado com Zé Paulino (Sergio Guizé), um acidente forçará a separação do casal. Com o noivo dado como morto, Candoca será amparada pelo vilão Tertulinho (Renato Góes), que insistirá em conquistá-la.




"Acho o triângulo amoroso interessante, porque são dois amores distintos. Zé Paulino é aquele puro, de alma gêmea, enquanto a relação com Tertulinho é baseada na praticidade da vida. Ele a ajuda quando ela mais precisa, tanto na gravidez quanto na perda da mãe. Será uma escolha difícil", avalia.

Candoca é uma mulher justa e valente. A mocinha não se abala na frente de poderosos, como o prefeito Sabá Bodó (Welder Rodrigues) e o coronel Tertúlio (José de Abreu). Ela está sempre disposta a lutar por alguma causa nobre.

"O que enche o coração de Candoca é ter o poder de transformar a realidade das pessoas, de ajudar Canta Pedra e usar sua voz, enquanto mulher. Ela é movida pelo amor aos animais, ao meio ambiente e ao Zé Paulino. Tem esperança e fé em um mundo melhor", pontua.




 
O vilão Tertulinho (Renato Góes) vai se casar com Candoca (foto: Ronald Santos Cruz/Globo)
 

Entre dois amores

Depois de 10 anos, Candoca reencontra Zé Paulino. Ela, então, enfrentará o dilema de viver o que sente pelo ex-noivo ou deixar que a mágoa fale mais alto. No período longe do vaqueiro, a moça se casa com Tertulinho, que a ajuda a criar o filho Manduca (Enzo Diniz) A atriz acredita que será interessante ver o público dividido, assim como a mocinha, entre os dois homens.

"Candoca não poderia ter aguentado tanto sofrimento sem Tertulinho ao seu lado. Esses 10 anos seriam muito difíceis para administrar ser médica e mãe solteira, após ter perdido a própria mãe e passar por essa situação ainda tão jovem", comenta.

As gravações de “Mar do sertão” começaram no Vale do Catimbau, em Pernambuco. Depois, seguiram até Piranhas, em Alagoas. Para a atriz, foi importante iniciar os trabalhos pela viagem, pois o elenco conseguiu se entrosar. Assim, o ritmo no estúdio foi assimilado com mais facilidade por já terem criado intimidade.

"O próprio lugar tem uma energia especial. As cenas no Rio São Francisco trouxeram um borogodó para o nascimento dos personagens. As pessoas de lá estão imbuídas disso e Piranhas é inacreditável! Ver que aquilo existe é importante, porque reproduzimos essa realidade na cidade cenográfica", relata.