Kaysar Dadour procura enfrentar seus medos, assim como o dublê Kaká Bezerra, de “Cara e coragem”. Na novela das 19h da Globo, o rapaz tem uma verdadeira paixão pela profissão que desempenha. Porém, acaba se acidentando algumas vezes nas sequências de ação, por tentar se destacar para os colegas Pat (Paolla Oliveira) e Moa (Marcelo Serrado).
"Eu me jogo. Até o momento, fiz papel de bandido, terrorista, mau ou traficante. Nessa novela, estou interpretando um idiota, que não sabe fazer nada. Kaká Bezerra é alguém que simplesmente não tem talento nenhum, mas se acha o dono de tudo", comenta.
No folhetim escrito por Claudia Souto, Kaká é empolgado e destemido, mas lhe falta concentração nas cenas mais arriscadas. E novas viradas surgem após a revelação de Kaká ser um ex-namorado da vilã Regina (Mel Lisboa).
"A primeira cena que gravei foi com a Paolla (Oliveira) e fiquei tremendo. Perguntei de que forma seria e, então, ela me deu apoio. Além disso, estou fazendo aula de dublê. Tem sido uma experiência maravilhosa", afirma.
Desde que se consagrou vice-campeão do “Big brother Brasil 18”, Kaysar tem investido na carreira de ator Seu primeiro projeto foi no filme “Carcereiros” (2019). Em seguida, integrou o elenco de “Órfãos da terra” (Globo, 2019), que abordava o drama da guerra na Síria, seu país natal. Agora, em “Cara e coragem”, segue demonstrando a evolução no ofício.
Adeus, barba
"Me diverti demais nas sequências em que tinha de pular ou executar alguma ação. Raspei minha barba para dar vida a esse personagem. Fazia uns quatro anos que a cultivava. Então, fiquei um pouco deprimido de ter mudado o visual, já que estava acostumado com essa aparência. Mas passou logo", diz, aos risos.
Sem dúvida, a trajetória de Kaysar é um exemplo de superação. Natural de Alepo, ele deixou a Síria em 2011, por causa da guerra civil no país, em direção à Ucrânia. Chegou ao Brasil três anos depois, onde conseguiu prosperar. Segundo o ator, ele não se acovarda diante dos obstáculos que aparecem.
"Não espere pela coragem, ela te encontra no caminho. Eu vou, com medo mesmo. Usei isso durante a minha vida inteira. Agradeço a oportunidade. Sou muito carente e gosto de abraçar todo mundo", confessa.