Jornal Estado de Minas

NOVELA

'Todas as flores' estreia na quarta, com Sophie Charlotte como a cega Maíra

 

 

Estadão Conteúdo

Elementos como amor, vingança e superação costuram “Todas as flores”, que estreia na próxima quarta-feira (19/10), no Globoplay. Escrita por João Emanuel Carneiro e com direção artística de Carlos Araujo, a novela narra a trajetória da jovem cega Maíra (Sophie Charlotte). Criada pelo pai, Rivaldo (Chico Diaz), em Pirenópolis, Goiás, ela sempre acreditou que a mãe, Zoé (Regina Casé), tivesse morrido.





No entanto, a vilã rejeitou a filha por ser uma pessoa com deficiência visual e só a procura quando precisa de ajuda para salvar a vida da caçula, Vanessa (Letícia Colin). Com a morte do progenitor, a mocinha vai morar com a mãe, no Rio de Janeiro, e se apaixona por Rafael (Humberto Carrão), noivo de sua irmã.

"Rafael tem carinho por Vanessa, pois eles se conhecem há muito tempo. Existe uma dificuldade de se separar. Mas, em algum momento, o personagem consegue, porque o amor por Maíra o arrebata. Ele é enganado pela noiva, que é uma boa vilã, e pelo amante dela, Pablo (Caio Castro). É um mocinho que bate bastante com a cara na parede e tem de tentar se reerguer", conta Humberto Carrão.
 
Rafael (Humberto Carrão) é enganado pela noiva, não se dá bem com o pai e tem de disputar o poder na empresa da família (foto: Globo/divulgação)
 

Rafael é fruto do casamento por interesse entre Humberto (Fabio Assunção) e Guiomar (Ana Beatriz Nogueira). Herdeiro da Rhodes & Co. Tailleur, o rapaz é o criador da oficina de avaliação olfativa da empresa, onde conhece Maíra e se encanta por ela. Lá, o ambiente prioriza a acessibilidade, contendo piso tátil, placas informativas e escritas em braille.





O mocinho não tem bom relacionamento com o pai e os dois disputam o comando dos negócios. A situação fica ainda pior quando ele passa a descobrir segredos do passado do gerente de Marketing com Zoé. A vilã compartilha relatos sobre fazer caridade, mas está envolvida em um esquema de tráfico humano.

"Humberto tem muitas contradições. Fica dividido entre o amor que ele sente pelo filho e o desejo de alcançar o poder na empresa. Não é um personagem fácil de explicar. É um sobrevivente, que tenta garantir uma boa vida", adianta Fabio Assunção.
 
Regina Casé, agora loura, é a vilã Zoé, envolvida com tráfico de órgãos (foto: Paulo Belote/Globo)
 

Paradoxos humanos

Uma das premissas de “Todas as flores” é destacar o paradoxo entre essência e aparência que ronda os personagens.




 
Mauritânia (Thalita Carauta) passará por uma grande transformação no decorrer dos capítulos. Há décadas, a filha primogênita de Dona Darcy (Zezeh Barbosa) fez sucesso como estrela do cinema erótico. Porém, quase não consegue mais papéis por causa da idade. Em meio à crise existencial, ela ganha uma herança de Raulzito (Nilton Bicudo).

"Mauritânia começa com uma questão profissional e vive um relacionamento abusivo com Joca (Mumuzinho). Apesar da baixa autoestima, ela é uma mulher que tem sua liberdade sexual e financeira. É bem resolvida com isso, mas existiu um momento de vida em que algo a empurrou para esse contexto", revela Thalita Carauta.

Na trama, algumas transformações não são positivas. Caso do jovem Diego (Nicolas Prattes), de família humilde e que sempre foi trabalhador. O rapaz assume a culpa de um crime que não cometeu. E será induzido pelas falsas promessas do promotor público Luis Felipe Martinez (Cassio Gabus Mendes), que se comprometerá a dar a ele uma boa quantia em dinheiro. Só que o irmão de Guiomar não cumprirá o acordo. Condenado, o garoto busca vingança assim que é libertado.

"Diego será preso e haverá consequências. A família se desfaz e o personagem fica por aí, procurando a mãe e os irmãos, querendo entender tudo que aconteceu e se vingar", relata Nicolas Prattes.