Diferente do que foi especulado por alguns no início do mês, o Fiat Grand Siena não retomou a versão Tetrafuel, vendida entre 2006 e 2016, que já saía de fábrica com o kit gás instalado. A proposta dos italianos agora é oferecer o modelo com uma preparação para o uso do gás natural veicular (GNV), deixando o comprador escolher onde vai fazer esse serviço, o que acabou deixando o preço de aquisição menor.
Mas a conta completa é a seguinte: a preparação está disponível apenas para a versão Attractive 1.4, que custa R$ 54.990; a predisposição ao GNV é um opcional que custa R$ 690; e a conversão para gás fica em torno de R$ 5 mil. Total: R$ 60.680. Mas é preciso ficar claro que a manutenção da garantia original de fábrica – que é de um ano para o veículo e de três anos para motor e câmbio – fica condicionada à instalação de kits de quinta geração (o mais atual), feita por convertedores certificados pelo Inmetro.
Mas quais são as modificações que o sedã recebe para usar o GNV? Para começar, o cabeçote do motor tem válvulas e sedes de válvulas produzidos com material mais resistente e com nova geometria, garantindo durabilidade e confiabilidade. O coletor de aspiração foi projetado para receber na posição correta os bicos injetores de gás, o que, segundo o fabricante, traz mais segurança e maior rendimento para a conversão, pois melhora o enchimento do motor e a formação da mistura ar/combustível.
O motor 1.4 Evo da Fiat tem potências de 85cv (gasolina)/88cv (etanol) e torques de 12,4kgfm (g)/12,5kgfm (e). Apesar de toda a evolução da conversão, com GNV o veículo perde um pouco de performance. Uma perda em relação à finada versão Tetrafuel é que a predisposição ao GNV não alcança alguns reforços estruturais e na suspensão para suportar o peso extra do cilindro que armazena o gás.
Ao menos o porta-malas é espaçoso, 520 litros de volume, e permite levar alguma bagagem junto com o cilindro (ou os cilindros) de GNV. Entre os itens de série, destaque para ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos dianteiros, luzes de direção com acionamento rápido, computador de bordo, predisposição para rádio, alertas de limite de velocidade, faróis biparábola e follow me home.
Naturalmente, a novidade é voltada principalmente para os profissionais do volante, taxistas e motoristas de aplicativo, que rodam muitos quilômetros por dia. Os italianos garantem que o retorno do investimento extra com a conversão para GNV pode ser obtido em três meses, considerando uma rodagem de três mil quilômetros por mês e dependendo do preço dos combustíveis.