O Fiat Uno completou 35 anos de Brasil com aproximadamente 4 milhões de unidades produzidas, todas saídas da fábrica de Betim. O modelo chegou por aqui em 1984, apenas um ano depois de seu lançamento no mercado italiano. Atualmente, o Fiat Uno ainda é exportado para Argentina, México, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Chile, Uruguai, Bolívia e Peru. Confira 10 momentos que ajudam a contar a história do Uno no Brasil.
1) O começo
O Fiat Uno foi lançado no mercado brasileiro em 1984. O design assinado por Giorgetto Giugiaro trazia linhas retas e aerodinâmicas, com bom aproveitamento do espaço interno. No início eram oferecidas duas motorizações, com 1.050cm³ de cilindrada e 1.300cm³. No início eram três versões: a de entrada S (Super), a intermediária CS (Confort Super) e a esportiva SX (Sport Experimental). Esta última trazia sob o capô motor 1.300 com carburador de corpo duplo que oferecia mais potência: 71,4cv com gasolina e 70cv com etanol). O painel tinha instrumentos adicionais, como conta-giros e manômetro de óleo. Por fora, o para-choque tinha um discreto defletor e faróis de longo alcance.
2) A família
Logo o modelo ganhou uma família, a começar pela chegada do sedã Premio (em 1985), seguido pela perua Elba (em 1986). Estes modelos trouxeram a motorização 1.5, de 71cv, para a gama. Os utilitários vieram só em 1988, com a picape e furgão batizados de Fiorino, além do Uno Furgão, versão comercial sem bancos e revestimentos traseiros que “abriam” um volume de carga de 1.300 litros.
3) Versão esportiva
A versão esportiva chegava em 1987, o icônico Uno 1.5R. O design era caprichado, com faixas laterais, rodas esportivas, tampa traseira em preto e cintos de segurança vermelhos. O motor 1.5 era um pouco mais vitaminado, com 86cv, que levavam o veículo até os 162km/h, acelerando até os 100km/h em 12 segundos. Dois anos depois, com a maior capacidade volumétrica do motor, a versão passa a ser denominada 1.6 R.
4) Popular
Na onda dos carros populares, que enquadrava os automóveis com motorização até 1.000cm³ em uma alíquota de IPI reduzido, a Fiat lançou o Uno Mille em agosto 1990. A resposta da Fiat ao programa foi rápida graças ao motor 1.050, que foi adaptado. O preço era convidativo, o consumo de combustível baixo e o modelo vendeu bastante, sendo um dos responsáveis pelo crescimento da marca. Mas o desempenho era sofrível: 48cv de potência e 7,4kgfm de torque.
5) Reestilização
A linha Uno de 1991, assim como o Prêmio e a Elba, ganhou uma reestilização na dianteira, quando recebeu a chamada frente baixa. Faróis e grade ganharam perfil mais baixo, inspirados na versão italiana do modelo.
6) Eletronic
Pressionada para atender às normas de emissões da época (e sem o uso do catalisador!), em 1992 o motor 1.0 ganha ignição eletrônica. A denominação Eletronic muitas vezes é confundida como a chegada da injeção eletrônica de combustível no modelo (o que só viria em 1995), mas na verdade o veículo ainda adotava um carburador de corpo duplo, o que resultou no aumento de potência para 56cv e 8,2kgfm de torque.
7) Turbo
O Uno foi o primeiro automóvel do Brasil a sair de fábrica equipado com motor turbo, em fevereiro de 1994. Importado da Itália, o propulsor tinha 1.372cm³ de cilindrada, com 118cv e potência e 17,5kgfm de torque. Era o suficiente para acelerar até os 100km/h em 9,2 segundos e atingir a velocidade máxima de 195km/h.
8) Outro tapa
Em 2004, para comemorar seus 20 anos, o compacto passou por uma nova reestilização, desta vez um pouco mais profunda. A dianteira ganhou novos faróis e uma grade mais robusta. Atrás, as lanternas também foram redesenhadas, e a placa foi deslocada da tampa para o para-choque.
9) O novo
A nova geração do modelo foi lançada em 2010 com o conceito de design “quadrado redondo”, uma bem-sucedida releitura do modelo original, consagrando-o como um autêntico clássico nacional. A novidade foi muito bem recebida pelo público, e as primeiras unidades a circular roubavam a cena por onde passavam.
10) A despedida
Mesmo com a chegada da nova geração, o Uno “clássico” durou até 2013, quando o guerreiro resolveu pendurar as chuteiras. Para homenageá-lo, a Fiat lançou uma versão especial de despedida, batizada Grazie Mille, com tiragem limitada a 2 mil unidades numeradas. O veículo ganhou rodas de liga leve de 13 polegadas, sistema de som com subwoofer, tapetes acarpetados, além de bancos e portas com revestimentos mais requintados.