A Volkswagen lançou o Golf GTE, versão híbrida plug-in do hatch médio, no mercado brasileiro. Descrito como o “primeiro veículo da ofensiva elétrica da Volkswagen na região da América Latina”, o modelo chega em um contexto no mínimo estranho, quando o Golf (a combustão interna) deixou de ser fabricado no país e a um mês da estreia da oitava geração na Europa. Ou seja, as 100 unidades que virão para o Brasil já chegam defasadas e... caras! O Golf GTE será vendido em pacote único e fechado por R$ 199.990, disponível apenas em três concessionárias localizadas em regiões consideradas estratégicas para a marca: Brasília, São Paulo e Curitiba.
Tirando o contexto ruim, vamos ao veículo. O Golf GTE combina dois motores, sendo um 1.4 TSI a gasolina (com 150cv e 25,5kgfm) e um elétrico (de 102cv e 33,6kgfm), que, combinados, alcançam 204cv de potência e 35,7kgfm de torque. Se esses números sugerem que o hatch tem tudo para ser divertido, a aceleração até os 100km/h em 7,6 segundos e a velocidade máxima de 222km/h confirmam essa experiência. Segundo o fabricante, se o motor elétrico for a única fonte de força de propulsão, o modelo pode atingir velocidades de até 130 km/h.
O legal no GTE é poder optar por rodar apenas no modo elétrico, bastando para isso apertar o botão “e-mode”, localizado ao lado da alavanca de câmbio. A Volkswagen garante que a autonomia do veículo no modo totalmente elétrico é de 50 quilômetros, o que atenderia a demanda de 2/3 da população que vive nos grandes centros urbanos, ou seja, sete em cada 10 pessoas. Nos cálculos do fabricante, uma recarga teria o custo de R$ 5, levando em consideração o preço estimado da energia na região Sudeste. Tudo isso sem emitir CO² (desde que a fonte de energia usada para recarregar seja de fato limpa) e sem ruído.
Já no modo híbrido, a autonomia total supera os 900 quilômetros, viabilizando seu uso em qualquer situação, incluindo uma viagem longa. A tecnologia híbrida oferece vários modos de funcionamento. No modo normal, ela opta pelo propulsor mais eficiente para cada situação de uso. No modo de recarga, apenas o motor a combustão movimentará o veículo, além de repor a carga para a bateria. O modo GTE favorece a esportividade, colocando os dois motores para trabalhar juntos e fornecer a melhor performance possível.
Dotado de tecnologia plug-in, o Golf GTE pode ser recarregado em tomada convencional de 220V ou em aparelhos wallbox de 3,6 kW ou mais. A recarga total da bateria é feita em até 3h45min. Tanto o painel de instrumentos quanto o sistema de Infotainment exibem funções como monitor de autonomia, mostrador de fluxo de energia (que mostra quanta energia está sendo usada no momento ou a intensidade da regeneração da bateria) e estatísticas de emissão zero. O veículo ainda incorpora o Controle Adaptativo de Cruzeiro entre os itens de série.
A Volkswagen também lançou uma bicicleta e um patinete, ambos elétricos, como soluções de micromobilidade, dentro de uma tendência chamada “Last Mile Run”, que é o percurso final em que as pessoas percorrem até o trabalho. Assim, estes modais podem ser usados a partir do local em que o carro ficou estacionado. O Golf GTE é o primeiro híbrido da história da marca no Brasil. Até 2023 serão lançados mais cinco carros elétricos e híbridos. Na gama geral da marca, trata-se do 14º lançamento dos 20 previstos até 2020.