Jornal Estado de Minas

VALE A PENA?

Peugeot 208 ganha nova versão de entrada com câmbio manual, a partir de R$ 65.990



A recepção fria no mercado brasileiro forçou a Peugeot a adotar um plano B para o novo 208,  com o lançamento de duas novas versões de entrada. No mês do lançamento do modelo, setembro, foram vendidas apenas 412 unidades do novo 208. Já no mês seguinte, com vendas cheias, o modelo não foi muito melhor, somando 494 emplacamentos.
 
Mas, para valer R$ 65.990 – R$ 12 mil a menos que a antiga versão de entrada Active, que já custava R$ 77.990 –, a nova versão de entrada Like despiu o leão até da juba. Foram-se as luzes de rodagem diurna (DRLs) em formato “dente-de-sabre”, o maior charme do modelo. Os faróis também não trazem a assinatura em LED das garras do leão.
 
Traseira perdeu o aerofólio e o aplique em preto brilhante que liga as lanternas - Foto: Peugeot/divulgação  
 
A grade também perdeu os detalhes cromados. Maçanetas e retrovisores perderam a pintura da carroceria e ostentam sem pudor o plástico preto. No lugar das rodas de liga leve de 16 polegadas, entram as de aço de 15 polegadas com calotas. Nessa versão de entrada, a faixa que liga as lanternas é em preto fosco.
A traseira também não traz aerofólio.
 
A Peugeot divulgou apenas a imagem do painel da versão Like Pack, e não mostrou a do modelo %u201Cpeladão%u201D - Foto: Peugeot/divulgação  
 
O acabamento das versões de entrada do novo 208, com muito plástico duro e bancos revestidos em tecido, fica ainda mais simples com as maçanetas e difusores de ar sem os cromados, além do volante sem comandos. Aliás, o infotainment foi subtraído do painel e cedeu espaço para um rádio com tela tátil de cinco polegadas. Os vidros elétricos estão disponíveis apenas nas portas dianteiras e o ajuste do retrovisor é manual. Ao menos o banco do motorista continua contando com regulagem em altura e o volante com ajustes em altura e distância.
 
Felizmente, o pacote básico de segurança foi preservado, com airbags frontais e laterais, controle de estabilidade, Isofix, assistente de partida em rampa, cintos de segurança de três pontos e apoios de cabeça para todos os ocupantes. A versão de entrada ainda traz piloto automático, limitador de velocidade, computador de bordo e ar-condicionado manual.
 
Já a versão Like Pack (R$ 69.990) recupera um pouco do glamour da carroceria, com retrovisores e maçanetas pintados na cor do veículo, além de aplique em preto brilhante ligando as lanternas. Entre os equipamentos, destaque para a central multimídia com tela tátil de sete polegadas, Bluetooth e espelhamento com smartphone (Aplle CarPlay e Android Auto). Além disso, a versão tem ar-condicionado digital, retrovisores com comandos elétricos, vidros elétricos traseiros e comandos de som no volante.
 
No conjunto mecânico, a novidade é o câmbio manual de seis marchas.
O motor é o mesmo 1.6 16V flex, com potências de 115cv (gasolina) e 118cv (etanol) e torque de 15,4kgfm (g/e). Modos Eco e Sport não são oferecidos com câmbio manual. Em compensação, a aceleração até os 100km/h é bem mais rápida, feita em 10,8 segundos, enquanto, com câmbio automático, era de 12 segundos (números com etanol).

VALE? Se nas versões mais caras a falta do motor 1.2 turbo foi um dos motivos que deixaram o Peugeot 208 menos atraente, nessa versão de entrada o velho motor 1.6 não destoa tanto. Quanto ao nível de equipamentos, a nova versão de entrada do Peugeot 208 continua não muito competitiva.
O Chevrolet Onix Turbo AT6 custa R$ 65.390 e traz um conjunto mecânico superior: 1.0 turbo e câmbio automático de seis marchas. Além disso, o modelo tem seis airbags e vidros elétricos em todas as janelas. Já o Volkswagen Polo 1.6 MSI com câmbio automático de seis marchas custa R$ 70.450 e tem conteúdo bem parecido com a versão Like Pack.
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