A Volkswagen lançou uma nova versão de entrada para o T-Cross, que aproveitou a antiga denominação Sense, antes disponível apenas para o cliente PCD. A nova versão custa R$ 92.990, bem longe dos cerca de R$ 70 mil que eram cobrados na modalidade PCD, que ainda contava com benefícios fiscais.
Para alcançar esse preço, R$ 11.200 a menos que a antiga versão de entrada 200 TSI manual, alguns conteúdos foram “limados”, como o sistema multimídia VW Play com tela de 10 polegadas, computador de bordo com display multifuncional Plus, rodas de liga leve de 16 polegadas, sensores traseiros de estacionamento, sensor crepuscular, indicador de pressão dos pneus e frenagem automática pós-colisão.
Porém, a versão Sense traz um item muito apreciado que a versão imediatamente mais cara não oferece (ou melhor, oferece, mas cobra mais R$ 8.600): o câmbio automático de seis marchas. A nova versão de entrada ainda vem equipada com seis airbags, assistente de frenagem de emergência, assistente de partidas em aclives, controles de tração e estabilidade, ar-condicionado, faróis de neblina com função Cornering Light, rack de teto e alarme.
Na prática, a versão Sense coloca o T-Cross em uma faixa de preços em que ele estava de fora, e disputada por concorrentes que estão vendendo mais, como Jeep Renegade e Hyundai Creta. Mas isso não significa que o SUV compacto da Volkswagen está indo mal. Também é preciso colocar na balança que o T-Cross sofre uma canibalização do aventureiro Nivus, com desempenho mediano de vendas, que por sua vez também “rouba” clientes do compacto Polo, do qual é derivado. No fim das contas, o importante para a marca é que a escolha do cliente, seja qual for, esteja dentro de suas concessionárias.
T-CROSS X NIVUS
Outro aspecto que chamou a atenção é que a nova versão de entrada do T-Cross ficou mais barata que a versão inicial do Volkwagen Nivus (a Comfortline, vendida por R$ 98.550, uma diferença de R$ 5.560), que está posicionado abaixo do SUV compacto na gama da marca alemã. Mas, qual deles é mais vantajoso? Vamos a um breve comparativo?
VISUAL
É questão de gosto. O T-Cross tem visual mais sólido, de um SUV mesmo, ousando um pouco nas lanternas, mas seu porte deixa a desejar. Diferentemente das fotos, ao vivo é um carro bastante compacto. Já o Nivus, mesmo usando vários componentes do Polo, é mais “sexy”. O aventureiro tem mais presença que o T-Cross, tanto que é seis centímetros mais longo. Seu charme é a “traseira de SUV cupê”, como ficou definido. Vale observar que o T-Cross Sense calça rodas de aço adornadas por calotas, enquanto o Nivus tem rodas em liga leve de 16 polegadas.
MOTOR
O conjunto mecânico é o mesmo para os dois modelos, formado pelo motor 1.0 turbo flex, com até 128cv de potência e 20,4kgfm de torque, e câmbio automático de seis velocidades.
ESPAÇO
O T-Cross leva a vantagem de ter o mesmo entre-eixos do sedã Virtus, 2,65 metros, enquanto o Nivus tem a mesma medida do Polo, 2,56m. Esse valor está intimamente ligado ao espaço interno, dando vantagem ao T-Cross. Já o Nivus surpreende pelo volume do porta-malas, 415 litros, superando o T-Cross, que tem 373 litros (podendo alcançar até 420 litros, mas sacrificando o conforto dos passageiros do banco traseiro).
ACABAMENTO
Em ambos os casos, o padrão do acabamento é muito simples para o preço dos modelos, sendo que a principal crítica é o excesso de plástico duro. As duas versões trazem bancos revestidos com tecido.
CONTEÚDO
Custando R$ 5.560 a mais, o Nivus leva vantagem em relação ao T-Cross Sense nos faróis de LED, quadro de instrumentos com display configurável, câmera de ré, sensor traseiro de estacionamento, sistema multimídia Composition Touch e rodas de liga leve.